PR corre atrás para atrair presidente da Fiesp

A cúpula do PR está promovendo uma ofensiva para entrar na corrida eleitoral de 2010 reforçado com palanques fortes para disputar o governo de pelo menos quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Tocantins. Depois de garantir as candidaturas do ex-governador Antony Garotinho no Rio, do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no Amazonas e do senador João Ribeiro no Tocantins, o esforço agora é para anunciar, nas próximas horas, o ingresso na legenda do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Skaf está sendo assediado por vários partidos, mas o PR aposta que tem mais chances de atraí-lo por não haver disputa na direção partidária – todos estão fechados com o projeto de lançá-lo ao governo de São Paulo. Um dirigente peemedebista admite que o partido também articulou para tentar filiar Skaf, mas esbarrou nos compromissos já assumidos pelo presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia.

Disposto a se eleger senador no ano que vem, Quércia já fechou compromisso de apoiar o candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes em aliança com o DEM, seja quem for o tucano escolhido para a corrida estadual. Skaf foi aconselhado por amigos a buscar outra legenda que lhe desse abertura para qualquer projeto, inclusive o governo paulista, porque no PMDB ele teria dificuldades para se candidatar até mesmo ao Senado. O perfil do PR foi considerado o mais adequado para atendê-lo.

Neófito em política, ele foi avisado de que as estruturas partidárias estaduais são frágeis – e podem sofrer intervenção da Executiva Nacional, a qualquer tempo, para dar suporte a um acordo fechado à última hora no plano federal. Com a autoridade de vice-presidente nacional do PR, o deputado Milton Monti (SP) foi escalado para convencer Skaf a se iniciar na carreira política.

Monti foi direto ao ponto e explicou por que o PR é a escolha que pode lhe dar segurança, qualquer que seja seu projeto futuro. “Você está vindo com o aval de toda a direção nacional do partido, que deseja sua candidatura a governador. Se amanhã você decidir por isso, não haverá nada nem pessoa alguma que possa demover o partido da decisão de apoiá-lo. Nem o presidente Lula”, disse o deputado ao empresário.