PMDB de Curitiba faz críticas mais pesadas na TV

O PMDB de Curitiba, do candidato Carlos Moreira Júnior, que tem aparecido com, no máximo, 1% de intenções de votos nas pesquisas para a Prefeitura da cidade, rompeu o tom quase amistoso em que se desenrolava a campanha. No horário eleitoral, um apresentador dirigiu-se diretamente ao candidato da coligação “Curitiba, O Trabalho Continua” (PSDB – PDT – PPS – PSB – DEM – PSL – PTN –  PP – PR – PRP – PSDC) Beto Richa, que lidera com muita folga as pesquisas e tocou no tema que deve se tornar recorrente de agora em diante: os gastos da Prefeitura com propaganda e publicidade. “Curitiba gasta em propaganda e publicidade mais de R$ 24 milhões por ano. Prefeito Beto Richa, contra fatos não há argumentos. Além de sua administração gastar uma fortuna em propaganda, o senhor foi condenado pela Justiça por fazer propaganda em benefício próprio usando recursos públicos. Prefeito, o senhor deve uma explicação aos curitibanos”, disse o apresentador.

No programa de Richa, o destaque foi para o projeto Bola Cheia, que oferece atividades sócio-esportivas e educativas para adolescentes e jovens nas noites e madrugadas de sextas-feiras e sábados, com o objetivo de afastá-los das drogas. Uma resposta ao programa da coligação “Curitiba Para Todos” (PT – PHS – PSC – PTC – PRB – PMN) que, na noite desta terça-feira (26), havia dito que a maior preocupação das mães era com as drogas e violência.

Na tarde desta quarta (27), a candidata da coligação, Gleisi Hoffmann, também chamou a atenção para a propaganda da prefeitura. “Nos últimos quatro anos, a prefeitura gastou R$ 85 milhões em propaganda. Com esse dinheiro daria para construir 113 creches ou 35 escolas municipais”, disse um locutor. A candidata prometeu trazer a Curitiba o programa Vai e Volta (sistema de transporte escolar), implantado por Marta Suplicy (PT) em São Paulo, e o Kit Escolar, de Luizianne Lins em Fortaleza.

A “Frente de Esquerdas Curitiba” (PSOL – PCB – PSTU), do candidato Bruno Meirinho, tentou mostrar que o “mito da cidade modelo” fez de Curitiba uma cidade desigual e excludente. Já o candidato do PC do B, Ricardo Gomyde, insistiu na proposta de criar uma secretaria específica para a juventude. O PV, de Maurício Furtado, ressaltou a necessidade de aumentar os recursos para educação, enquanto Lauro Rodrigues (PT do B) voltou a falar do cartão verde, que daria acesso aos serviços públicos sem burocracia. A coligação “Uma Só Curitiba” (PTB – PRTB) voltou a frisar que o candidato Fábio Camargo fará uma administração prioritariamente voltada para os bairros.