O líder do governo, deputado Dobrandino da Silva, adiantou ontem que o vice-governador e secretário estadual da Agricultura, Orlando Pessuti (PMDB), formalizará hoje, dia 21, sua inscrição ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. O prazo para a apresentação das candidaturas vence nesta quarta-feira, dia 22. Pessuti estava em dúvida, mas segundo Dobrandino, foi convencido a aceitar a indicação sugerida pelo governador Roberto Requião (PMDB).
Até ontem, seis nomes estavam inscritos: os deputados Durval Amaral (PFL), Mário Bradock (PMDB), Marcos Isfer (PFL), e dois representantes do Movimento Negro, Saul Dorval da Silva e Dora Lúcia de Lima Bertulio. Ainda estão na lista de possíveis candidatos o vereador Custódio da Silva (PRTB) e o deputado estadual Angelo Vanhoni.
Está prevista para hoje a criação da comissão, integrada por representantes dos maiores partidos em plenário, para avaliar os candidatos. Ontem, o líder da bancada do governo estava coletando assinaturas de apoio à escolha do vice-governador. No PMDB, apenas Bradock, que é candidato, não assinou. O deputado Antonio Anibelli, que havia postulado à indicação, desistiu e passou a avalizar a candidatura de Pessuti.
Composições
Se for confirmada a inscrição de Pessuti, o PMDB vai ganhar mais margem para negociar uma aliança para as eleições ao governo, em outubro. Além da candidatura ao Senado, o partido poderá oferecer a vaga de candidato a vice-governador na chapa da reeleição de Requião.
Uma posição que não desagrada aos tucanos simpáticos a um acordo com o PMDB no Paraná, se houver um acordo entre as duas siglas para a disputa da sucessão presidencial. O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), é um dos nomes citados para ocupar a vaga.
Protesto
O líder da bancada de oposição, Valdir Rossoni (PSDB), e o deputado estadual André Vargas, criticaram a candidatura do vice-governador, alegando que a prerrogativa da indicação cabe à Assembléia Legislativa. Para os dois deputados, o apoio do Palácio Iguaçu a Pessuti interfere na autonomia do Legislativo.
Para o presidente da Assembléia, que também assinou a moção de apoio a Pessuti, o fato de Pessuti ter o aval do governador não compromete a independência da Assembléia. "A escolha é dos deputados. São eles que vão votar", afirmou Brandão.