Orçamento da saúde no Paraná aumentará 19%

Com a ampliação do Sistema de Atendimento à Saúde (SAS) do servidor, prevista para estar totalmente concluída até o fim de 2005, a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) calcula um aumento de até 19% no orçamento destinado à rede.

O Novo SAS, como é batizado o projeto, foi apresentado a especialistas do Brasil e de outros países, que participaram em Curitiba do 1.º Simpósio Internacional de Tecnologias Gerenciais em Saúde/Encontro Nacional de Assistência à Saúde do Servidor, encerrado no último sábado (dia 4).

O médico César Abicalaffe, diretor do Departamento de Assistência à Saúde (DAS) do servidor, órgão vinculado à Seap, fez uma palestra específica sobre o projeto no segundo dia do evento, na quinta-feira.

De acordo com o diretor, neste ano o orçamento do Governo do Paraná para o sistema é de quase R$ 83 milhões. O processo de ampliação da rede – a licitação para a contratação de hospitais e clínicas está em fase final – vai aumentar, num primeiro momento, de 13 para 42 o número de pontos de atendimento em todo o Estado, e para 78 até o fim do ano que vem. “Com esta ampliação, estimamos um acréscimo de 19% no orçamento de 2005, em relação aos recursos disponíveis neste ano”, observou Abicalaffe.

Pagamento

De acordo com o diretor, o sistema de pagamento às instituições credenciadas, adotado pelo Governo do Paraná e chamado de “capitação”, permite economia de despesas para os cofres públicos. Inspirado em experiências nos Estados Unidos, o regime prevê o pagamento aos estabelecimentos contratados pelo número de segurados que eles têm sob sua responsabilidade, e não pelos procedimentos efetuados (exames, internações, consultas), como ocorre entre as empresas de planos de saúde.

Assim, um hospital credenciado pelo SAS para atender na região de Cascavel recebe do Estado, mensalmente, valores referentes ao número de servidores e dependentes que vivem nos municípios daquela área. Hoje, o governo paga R$ 18,70 mensais, por beneficiário. “O regime de capitação é mais viável a situações como a do poder público, em que se trabalha com um orçamento fechado para o ano todo”, explicou César Abicallafe.

Outro destaque do simpósio internacional foi a conferência do consultor norte-americano Daniel Smigelski, que contou como, nos Estados Unidos, os hospitais lidam com crises econômicas e administrativas.

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