Sem força para emplacar uma CPI na câmara municipal, a bancada de vereadores da oposição entregou, ontem, ao procurador-geral de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto, as denúncias de irregularidades nas licitações da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Os documentos questionam a legalidade de processos licitatórios de obras públicas, seguro dos servidores, iluminação, lixo, agências de publicidade, radares e transporte coletivo, entre outros.
O procurador disse que irá encaminhar os documentos ao coordenador do Centro de Apoio ao Patrimônio das Promotorias de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público e à Ordem Tributária, procurador Moacir Gonçalves Nogueira Neto. O andamento das investigações, com relação a cada um dos temas levantados, no âmbito do Ministério Público, vai ser informado à câmara.
O bloco de oposição recorreu ao MP por entender que o trabalho de fiscalização do executivo municipal da Câmara está sendo comprometido, porque a bancada de apoio ao prefeito, grande maioria na casa, não leva adiante os questionamentos sobre as irregularidades.
“Continuamos com a proposta da instalação de uma CPI para investigar, principalmente, as irregularidades nas licitações”, afirmou a líder do PT, vereadora Professora Josete, “por isso, o apoio do MP é fundamental, até mesmo para informar aos demais vereadores o andamento das investigações e as conseqüências que as irregularidades podem trazer à população de Curitiba”.