Lula quer aliados trabalhando pela eleição de Osmar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu ontem, em Maringá, com dirigentes de cooperativas, o candidato ao governo, senador Osmar Dias (PDT), os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, dos Esportes, Orlando Silva, e de Relações Internacionais, Alexandre Padilha.

O presidente almoçou na Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Maringá (Cocamar), onde preferiu falar apenas do seu apoio a Osmar na disputa estadual. Lula pediu aos aliados que “entrem em campo” para trabalhar pela eleição do pedetista no Estado. E fez mais uma das metáforas futebolísticas.

“O voto é mais ou menos como chutar um pênalti. O eleitor que fica em dúvida, que não sabe em qual canto chutar, perde o pênalti. Tem que ser como um bom jogador do Corinthians, definir antes, dar um “chutaço’ e fazer o gol”, disse o presidente.

Lula disse que a Osmar que o pedetista somente não vence a eleição se não quiser. Mas a vitória está na capacidade de trabalho e convencimento, avisou. “Osmar, você só não vai ganhar a eleição se não quiser. Faltam só nove dias. Eleição é a capacidade de convencimento. Tem que sair na rua, conversar com as pessoas para explicar como é importante para o Paraná te eleger. Todos os companheiros que estão aqui tem que arregaçar as mangas e sair pedindo voto. Ninguém tem que ter dúvida de que Osmar é o melhor candidato para o Paraná”, afirmou.

Osmar agradeceu a Lula o apoio recebido para a candidatura e também o suporte do governo federal ao Paraná. “Estou aqui para dizer muito obrigado, Lula, pelo que você fez pelos agricultores, pelos brasileiros, pelo que você está fazendo para que esta parceria com o governo federal e com a futura presidente Dilma continue dando bons frutos”, disse.

Contra-ataque

A tarefa de comentar a redução das intenções de votos de Dilma na pesquisa Datafolha coube ao ministro Paulo Bernardo. “É uma oscilação normal neste momento da campanha. Os números são bons. A oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa. Dilma continua bem à frente de Serra, não há motivo para preocupação”, disse Bernardo.

De acordo com Bernardo, a campanha de Serra recorre a recursos desesperados para alterar a tendência de vitória da ex-ministra. “Serra começou a campanha no estilo paz e amor, achando que o Lula ficaria neutro na disputa, e agora, no final, virou cachorro louco”.

O ministro disse que Serra corre o risco de perder a segunda colocação para a candidata do PV, Marina Silva. “Tenho dados para mostrar que na região de Londrina (base eleitoral de Bernardo) a Marina está quase igual (em intenções de voto) ao Serra. Talvez ela tenha mesmo mais méritos do que ele”, atacou.

Na etapa administrativa da agenda, em Maringá, Lula assinou com o prefeito Silvio Barros (PP) convênio para a nova fase das obras de rebaixamento da linha férrea no perímetro urbano de Maringá.

O governador Orlando Pessuti (PMDB) acompanhou a solenidade na Vila Olímpica da cidade. Lula também sobrevoou os trabalhos de construção do Contorno Norte de Maringá. Ele disse que vários projetos e medidas preparam o País para se tornar uma potência olímpica a partir de 2016.

Anderson Tozato
Osmar com Lula em Maringá: “Tem que ser como um bom jogador”.