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Lula é denunciado pela segunda vez na Lava Jato em Curitiba

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ex-presidente Lula e outros oito investigados foram denunciados nesta quinta-feira (15) pelo Ministério Público Federal (MPF) na Lava Jato.

O ex-presidente é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, desta vez por contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht.

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Segundo a denúncia, a propina paga pela empreiteira totaliza R$ 75,4 milhões.

“Este valor foi repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”, diz o MPF em nota encaminhada à imprensa.

O presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht também foi denunciado pela força-tarefa acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O ex-ministro Antonio Palocci e seu assessor Branislav Kontic – ambos presos em Curitiba – foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.

Acusação

Segundo informações do MPF,Lula é apontado como o responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal.

“A denúncia aponta que esse esquema ocorreu nas mais importantes diretorias da Petrobras, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal. Por meio do esquema, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso”, diz o MPF em nota encaminhada à imprensa.