Hélio Costa: alta de Dilma foi a ‘surpresa’ em pesquisas

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje que a melhora no desempenho da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas pesquisas sobre a corrida presidencial foi uma “grande surpresa” e indica que a disputa pela Presidência da República no próximo ano poderá ser “bastante apertada”. Pesquisa do DataFolha divulgada no fim de semana coloca Dilma com 23% de intenções de voto, seis pontos porcentuais acima do declarado na pesquisa anterior, de agosto, quanto ela obteve 17%. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aparece na liderança, com 37%.

Segundo Costa, essa “melhora considerável” de Dilma está acima da expectativa, inclusive de muitos aliados da ministra. “Todo mundo esperava que a ministra Dilma chegasse ao mês de janeiro acima dos 20%. No entanto, já estamos acima dos 20% em dezembro, com números que realmente impressionam. Isso aí pode ser uma indicação de que o pleito vai ser bastante apertado”, avaliou.

Para o ministro, o crescimento de Dilma nas pesquisas mostra uma “consolidação” de seu nome na disputa. Hélio Costa fez tais avaliações depois de participar, no Ministério das Comunicações, de cerimônia de liberação de canais de TV digital para emissoras de São Luís, no Maranhão.

Costa comentou ainda a decisão do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de sair da disputa pela candidatura à Presidência da República pelo PSDB. Segundo o ministro, a decisão facilita a candidatura de Dilma, principalmente no Estado. “Seria difícil um mineiro votar contra uma proposta que tivesse o governador Aécio Neves à frente, muito embora a gente tenha também na ministra Dilma uma representante de Minas Gerais.”

‘Personalidade’

Ele disse que a presença de Aécio na disputa “dava muita personalidade ao pleito” porque se tratava de dois Estados poderosos: Minas e São Paulo. “Eu acho que a disputa perde um pouco o interesse, porque os mineiros estavam muito ansiosos por uma candidatura do governador”, afirmou. “Na medida em que ele anuncia que está fora do páreo, a gente tem que repensar todas as estratégias e todas as estruturas, não só em nível federal, mas também estadual.”