O ex-secretário da Fazenda do governo Lerner, Giovani Gionédis, deve depor hoje, às 10h, à CPI do Banestado, no plenarinho da Assembléia Legislativa. A participação de Gionédis dá seqüência às investigações sobre o processo de avaliação do banco para privatização pelo consórcio dos bancos Fator e CCF. Gionédis irá prestar esclarecimentos sobre sua atuação nesse processo. Além de secretário da Fazenda, Gionédis foi presidente do Conselho de Administração do banco, cargo ocupado pelo representante do governo do Estado.
O presidente da CPI, deputado estadual Neivo Beraldin (PDT), anunciou ontem que o próximo convocado será o atual secretário estadual de Administração, Reinhold Stephanes, que presidiu o banco durante o processo de privatização, em 2000. Na reta final do processo, Stephanes chegou a questionar a venda do banco, entrando em atritos com Gionédis. Stephanes foi o último presidente do Banestado antes da venda para o banco Itaú.
Já Gionédis acompanhou o processo de privatização desde a assinatura do compromisso com a União para a privatização. Fez a apresentação, na Assembléia Legislativa, do Plano de Saneamento do banco, contendo os valores a ser financiados. Foi designado pelo decreto 1.732, de 12 de janeiro de 2000, como presidente da Comissão de Coordenação destinada a supervisionar os serviços contratados para o processo de avaliação e venda das ações do Banco do Estado do Paraná S/A. O mesmo decreto nomeou também, como membros da comissão, José Evangelista de Souza, vice-presidente e diretor de Privatização; Hermínio Paiva de Castro, assessor da Secretaria da Fazenda; Waldemar Dante Borgaro, diretor financeiro; Márcia Carla Pereira Ribeiro, procuradora do Estado, e Lúcia Paula Cordeiro do Rego Barros Biscaia, assessora jurídica.