Força-tarefa do INSS chega hoje a Curitiba

Chega hoje a Curitiba a força-tarefa do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) designada para acompanhar a apuração do suposto esquema de fraude contra o instituto. Fazem parte da comitiva o corregedor do INSS, Gilberto Waller Junior, o diretor da Arrecadação Previdenciária, Carlos Bispo e o diretor de Orçamento, Finanças e Logística, João Angelo Loures. A comissão tem 60 dias para apurar as denúncias, mas o prazo poderá ser ampliado. A expectativa é que com a vinda da força-tarefa sejam esclarecidas as supostas irregularidades envolvendo dez grandes empresas do Paraná, acusadas de apropriação indevida de pelo menos R$ 24 milhões.

“A gente espera, no mínimo, que digam do que estamos sendo acusados”, declarou ontem Laura Cristina Bianco da Costa, exonerada do cargo de gerente-executiva do INSS em Curitiba. Os seis funcionários do INSS devem entrar com ação de habeas-data hoje, pedindo esclarecimentos sobre a exoneração.

Para ela, as denúncias não passam de uma armação do auditor fiscal Walter Otto Knevels, que vem respondendo processo administrativo desde novembro de 2001 por irregularidades em emissões de Certidão Negativa de Débito (CND) e por processo disciplinar. “Nós o denunciamos e encaminhamos toda a documentação para comprovar os fatos. Cumprimos nossa função”, afirmou, acrescentando que o auditor já vinha fazendo ameaças.

“Tudo o que a gente quer é que os fatos sejam apurados e que a gente tenha a oportunidade de se pronunciar. Não tivemos qualquer tipo de manifestação nem do Ministério da Previdência Social nem do INSS”, acrescentou Mário Celso Freitas Rodrigues, ex-chefe de Serviços de Análise de Defesas e Recursos. Com a exoneração, Rodrigues voltou a exercer o cargo de auditor fiscal. “Estamos tranqüilos. Não há qualquer mácula profissional que testemunhe contra. Estamos oferecendo a quebra dos nossos sigilos bancários, telefônicos, declarações de Imposto de Renda.” Para ele, as denúncias podem estar relacionadas também ao processo de gerência-executiva. Laura Cristina era uma das funcionárias que concorria ao cargo em Curitiba, com outras onze pessoas e já estaria na lista quíntupla.

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