O senador Osmar Dias será indicado formalmente hoje como o novo presidente do PDT do Paraná. Osmar deverá assumir o comando de uma comissão executiva provisória, a convite do presidente nacional do partido, Leonel Brizola. O senador reuniu-se ontem com Brizola, em Brasília. O atual presidente do PDT do Paraná, Nelton Friedrich, será chamado a participar da nova provisória. Foi um pedido feito a Osmar por Brizola, que deseja que a transição do comando do partido no Paraná seja feita de forma harmônica. Procurado ontem por O Estado, Friedrich não quis se pronunciar sobre a mudança na direção do partido, justificando que ainda não havia conversado com o presidente nacional do PDT.
Osmar disse que dependia de uma consulta aos deputados, prefeitos e outras lideranças do PDT para aceitar oficialmente a presidência do partido. Após a conversa com Brizola, o senador começou a fazer contatos telefônicos com os pedetistas para decidir os nomes que irão compor a provisória. O senador Àlvaro Dias também será chamado a integrar a comissão.
Os integrantes da comissão provisória deverão ser homologados como direção permanente do partido na convenção estadual que, conforme ficou acertado com Brizola, será realizada na primeira semana de agosto. Já as convenções municipais serão realizadas na última semana deste mês.
Com apenas um deputado federal (André Zacharow), quatro deputados estaduais (Augustinho Zucchi, Neivo Beraldin, Renato Gaúcho e Barbosa Neto), o PDT está em fase de encolhimento no Estado. Em apenas seis meses, perdeu dois deputados estaduais para o PMDB: José Maria Ferreira e Vanderlei Iensen. Com a renovação dos diretórios nas convenções estadual e municipais, o partido deve passar por um processo de atração de lideranças, visando a construção das chapas para as eleições municipais do ano que vem.
Autonomia
Outro assunto abordado por Osmar na conversa com Brizola foi a posição da bancada do partido no Congresso Nacional em relação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme o relato do senador, o presidente nacional do partido concordou que os dezenove deputados federais e cinco senadores tenham autonomia para definir como votar as propostas do governo no Congresso. A única exigência de Brizola é que ele também participe das discussões, afirmou Osmar. “A bancada quer independência em relação ao governo e ao partido”, comentou o senador.