Com festa, PT lança Gleisi em Curitiba

Sem o anúncio do candidato a vice-prefeito e de novos partidos na aliança, que já conta com PHS, PTC e PMN, a convenção municipal do PT de Curitiba, realizada ontem, serviu para a pré-candidata Gleisi Hoffmann, que foi definida em uma votação prévia, no mês de abril, dar a largada oficial de sua campanha.

Com o slogan ?melhorar o que está bom. Fazer o que nunca foi feito? a candidatura de Gleisi, homologada ontem num mega-evento no Clube Literário, pretende crescer no reflexo das realizações do governo Lula.

?Nossa campanha será propositiva, de construção, mas é claro que não vamos deixar de criticar o que achamos errado. Nossa principal crítica é com a concepção de administração que a atual Prefeitura tem. Queremos uma Curitiba de primeiro mundo para todos e, por isso, vamos mostrar todas as realizações do governo federal?, disse Gleisi, que em seu discurso foi bem mais dura com a atual administração do que vinha sendo em suas propagandas e entrevistas.

E o presidente Lula servirá de exemplo até para a estratégia de campanha da petista. Ao comentar a grande aliança que o prefeito Beto Richa (PSDB) reuniu em torno de sua candidatura à reeleição, Gleisi lembrou que o presidente foi eleito coligado a apenas um outro partido. Ao ser questionada sobre o tempo maior de propaganda eleitoral em rádio e televisão que o tucano terá, também voltou à campanha presidencial para rememorar que Lula também tinha menos tempo que seu adversário.

Ainda sobre a grande aliança em torno de Beto, Gleisi avaliou como natural, até mesmo a adesão do PP, que faz parte da base do governo Lula. ?O PP, aqui, sempre esteve com eles. O PPS também já estava mais perto deles desde 2006. Minha preocupação é como essa aliança vai tratar Curitiba, uma vez que eles estão fazendo tudo isso de olho em 2010. Querem o governo do estado, querem derrotar o Lula?, declarou.

A candidata petista, segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto mas ainda bastante atrás do prefeito Beto Richa se diz confiante no crescimento de sua candidatura e na decisão da eleição apenas no segundo turno.

?É muita arrogância do pessoal que está achando que está tudo decidido, que só um fato muito inesperado tira a eleição deles já no primeiro turno. Enfrentamos situação semelhante nas eleições de 2000, quando o Cassio Taniguchi largou com mais de 60% das intenções de voto e o Vanhoni (Angelo – PT) venceu o primeiro turno e não ganhou a eleição por detalhes?, comentou.

Sobre a escolha do vice, Gleisi disse que ainda aguarda a definição de outros partidos que ainda podem se unir ao PT, principalmente o PSC, do deputado federal Ratinho Júnior. ?Por enquanto o Ratinho Júnior é pré-candidato, mas já falamos para ele que, se ele não sair candidato, o queremos do nosso lado?, disse.

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