Campina Grande do Sul vai às ruas contar habitantes

A prefeita de Campina Grande do Sul, Nelise Cristiane Dalpra (PSDB), colocou os servidores na rua para recontar o número de habitantes da cidade. Ela pretende descobrir moradores que não tenham sido contados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A previsão era que a cidade tivesse 45 mil habitantes, mas os dados preliminares divulgados pelo instituto mostraram que a população é de apenas 35 mil pessoas. Essa redução faz com que o município perca R$ 2 milhões por ano oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O trabalho de recontagem começou na última quarta-feira,  com mais de 200 servidores fazendo uma varredura na cidade. Até o fim da tarde de ontem, a Prefeitura estimava que cerca de duas mil pessoas não haviam sido contadas pelo IBGE. Esse número faria Campina Grande do Sul chegar a 37 mil habitantes, caindo pela metade o montante que deve ser descontado. Os dados serão entregues ao IBGE e a prefeita tem esperança que o instituto reconsidere a contagem.

Os R$ 2 milhões que o município poderá perder representam hoje 8% do total de repasses feitos à cidade e 5% do orçamento. ?Compõem também 15% do orçamento da saúde e 25% da educação. O atendimento básico à população será prejudicado?, reclama a prefeita.

O mesmo problema vem se repetindo em outros municípios do Paraná. Segundo o IBGE, a população não cresceu como o projetado em pelo menos 208 cidades e 27 devem ter redução de FPM. A briga dos prefeitos se justifica porque 70% dos municípios do Estado são dependentes dessa verba.

Segundo o IBGE, o censo termina no dia 21 deste mês e só no dia 28 serão divulgados os dados oficiais. Depois disso, as prefeituras têm prazo de 20 dias para recorrer. O levantamento está sendo feito em todas as cidades com menos de 170 mil habitantes. Ficaram de fora Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, São José dos Pinhais e Colombo.

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