Eleições

Bolsonaro deve ser substituído por familiar em evento marcado em Curitiba

Foto: Marcelo Andrade
Foto: Marcelo Andrade

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) faria um comício em Curitiba na próxima segunda-feira (17) na Boca Maldita, no Centro da capital, depois de uma caminhada na Rua XV de Novembro. O evento segue marcado e um representante da família Bolsonaro deve participar, após o atentado sofrido pelo candidato em Juiz de Fora (MG).

Bolsonaro chegou a gravar um vídeo convocando os apoiadores para a marcha em Curitiba ao lado dos candidatos Delegado Francischini (PSL) e Felipe Francischini (PSL), líderes do partido no Paraná, mas que nem chegou a ser editado.

Delegado Francischini é o principal articulador da campanha de Bolsonaro no Paraná. Ele afirmou que o evento segue marcado e que um representante da família deve acompanhar a manifestação. “Vamos manter o evento e trazer alguém que o substitua. Devemos ter novidades nos próximos dias”, destacou.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do trio de ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!

Bolsonaro deve permanecer internado

O presidenciável segue internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e se recupera da cirurgia no abdômen depois do atentado à faca que sofreu na última quinta-feira (6). Ele deve permanecer internado pelo menos mais duas semanas para evitar uma infecção mais aguda e ainda terá que passar por uma nova cirurgia de grande porte para reconstruir o trânsito intestinal e retirar a bolsa de colostomia. As informações foram divulgadas no novo boletim da manhã desta segunda-feira (10).

Bolsonaro viria para Curitiba no dia 17, mesma número dele nas urnas. De acordo com Francischini, a passeata era parte da estratégia de consolidação das intenções de voto do candidato no Paraná. Bolsonaro lidera a última pesquisa Ibope* em empate técnico com Alvaro Dias (Pode).

“É um fato muito ruim, em nenhum momento o partido vai usar o atentado como fato positivo. É triste para a democracia brasileira, não importa se você é de direita ou esquerda, a maioria dos partidos políticos lamentou os acontecimentos”, afirmou Francischini. “É um crime que não tinha acontecido na história recente do país, a tentativa de assassinato durante uma campanha presidencial”.

+Leia mais: A facada em Jair Bolsonaro saiu pela culatra!

Influência no eleitor

Para Francischini, candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná, o atentado pode influenciar o eleitor. “Isso está influenciando e muito o eleitor a definir logo no primeiro turno para evitar que o pessoal do PT volte ao poder. É um fato, não é uma análise.”

O mote da campanha virou “Somos Todos Bolsonaro” desde a última semana. “O fato de ele ter sido alvo não ajuda em nada. É uma pessoa que está no hospital, mas criou um clima de comoção muito grande. É cedo para prever a influência disso, mas a pesquisa** mais recente já mostra ele com 30% das intenções de voto”, argumenta Francischini. A pesquisa encomendada pelo BTG Pactual e feita pelo Instituto FSB mostra Jair Bolsonaro na liderança com 30% das intenções de voto, contra 12% de Ciro Gomes (PDT).

*Leia mais: Facada sem sangue? Médico sem luva? As teorias da conspiração da agressão a Bolsonaro

Investigações

Francischini disse que a Polícia Federal (PF) segue trabalhando com dois nomes suspeitos, além de Adélio Bispo. E que os requerimentos de quebra de sigilo telefônico e bancário foram deferidos pela Justiça. A investigação da PF é comandada por Rodrigo de Melo Teixeira, superintendente do órgão em Minas Gerais.

Uma das apostas vencedoras da Lotofácil da Independência foi feita no CIC, em Curitiba