Bens de vereador são decretados indisponíveis

O juiz Maurício Maingue Sigwalt, da 4.ª Vara da Fazenda Pública, em Curitiba, decretou a indisponibilidade dos bens do vereador de Curitiba Elias Vidal e de seu filho, Ednilson Marcos Vidal, assessor parlamentar do gabinete. A decisão foi proferida na ação civil pública proposta em 27 de junho deste ano pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Patrimônio Público. O Ministério Público acusa o político e o filho de improbidade administrativa.

De acordo com investigações feitas pela Promotoria de Patrimônio Público, os dois teriam ficado com os salários de pessoas nomeadas pelo vereador para cargos em comissão.

O Ministério Público calcula um rombo de mais de R$ 200 mil nos cofres públicos entre janeiro de 1997 e junho de 2003 (período dos dois mandatos). O vereador também teria utilizado funcionários da Câmara em seu comitê eleitoral, situado no bairro do Bacacheri. Além da ação civil, o MP ajuizou em junho denúncia criminal contra o vereador, o filho, Ednilson Marcos Vidal e sua sobrinha Rosicléia Valentim.

No dia 29 de maio, o Centro de Apoio Operacional protocolou denúncia contra os três. Vidal e Ednilson foram denunciados por peculato e furto qualificado por abuso de confiança e participação de mais de uma pessoa. Eles teriam ficado com o valor parcial ou integral do salário de pessoas nomeadas pelo vereador para cargos em comissão. Rosicléia foi denunciada por peculato. De acordo com a denúncia, em seu primeiro mandato como vereador (de janeiro de 1997 a dezembro de 2000), Vidal nomeou para o cargo em comissão de assistente parlamentar seu filho Ednilson. Ele teria assumido a coordenação das atividades do gabinete.

Referência

A denúncia faz referência a três fatos. O primeiro diz respeito à contratação de Amarildo Aparecido de Souza, balconista de uma lanchonete de propriedade de Elias Vidal, para exercer o cargo em comissão de assistente parlamentar. No entanto ele nunca trabalhou na Câmara, e segundo investigações o vereador e seu filho teriam desviado dos cofres municipais R$ 165,85 mil.

O segundo fato refere-se à nomeação para o cargo em comissão de assistente parlamentar seu sobrinho, Arielzo Carlos Valentim. De janeiro a outubro de 1997, ele teria recebido R$ 300 mensais, sendo que a diferença, no valor de R$ 28,35 mil, teria ficado com o vereador e seu filho. E o terceiro caso trata da contratação da sobrinha de Elias Vidal, em março de 2002, que foi nomeada para exercer o cargo em comissão de assistente parlamentar.

Voltar ao topo