Barros defende chapa com Osmar Dias e Fernanda Richa

O presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, defendeu ontem, 8, a indicação da primeira dama de Curitiba, Fernanda Richa, como candidata a vice-governadora em 2010, dividindo a chapa com o senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato declarado ao governo. Barros, que postula uma vaga de candidato ao Senado na próxima eleição, disse que Fernanda poderia atrair votos para Osmar na capital.

O desempenho da primeira dama na campanha eleitoral de Curitiba, onde atuou até como âncora do programa do marido, o prefeito Beto Richa (PSDB), no horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão, foi apontado por Barros como um sinal de seu potencial eleitoral.

“Alguém pode ter dúvida de que ela puxa votos em Curitiba? Eu não tenho. O Osmar é de Maringá. A Fernanda pode agregar votos em Curitiba. Ela é carismática”, disse Barros, que já se preocupou em consultar a legislação para saber se haveria algum impedimento legal à candidatura de Fernanda, por ser casada com o atual prefeito. “Não há”, garantiu.

Não é a primeira vez que aliados do prefeito sugerem uma carreira política a Fernanda. A ex-presidente da Fundação de Ação Social (FAS) é presidente da PSDB Mulher em Curitiba, mas nunca disputou um cargo público. Logo após a eleição de Beto, no primeiro turno, em outubro, cogitou-se que Fernanda poderia ser candidata à prefeitura em 2012.

A possível participação de Fernanda na equipe de Beto chegou até a provocar um movimento denominado “Fica Fernanda”, que gerou protestos dos adversários políticos do prefeito, que vêem na iniciativa uma forma de incentivar o nepotismo.

Entre eles

Entre Osmar e Beto, o presidente do PP prefere a candidatura ao governo do senador pedetista. Sem Osmar na disputa para o Senado, considera que seu caminho fica mais fácil na disputa, onde já são tidos como pré-candidatos o governador Roberto Requião (PMDB), o deputado federal Abelardo Lupion e o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB).

Para Barros, tucanos e pedetistas devem se entender para evitar uma cisão do grupo que se juntou na eleição de Beto em 2004, manteve a aliança em 2006, quando Osmar disputou o governo, e compartilhou o palanque na reeleição do tucano à prefeitura na disputa deste ano. “Esse grupo, se ficar junto, vai mandar por muito tempo no Paraná. Se dividir, pode não durar quatro anos”, disse o deputado federal.