Polícia Federal descarta suspeita sobre ex-diretor na Navalha

Apesar de ter pedido exoneração do cargo de diretor de Obras Hídricas do Ministério da Integração Nacional, o engenheiro Rogério Menescal não está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Navalha, por suspeita de favorecimento da Construtora Gautama na liberação de verbas para a construção, em Alagoas, de uma barragem. Em todo o processo ele é citado apenas numa gravação conversando com o subsecretário de Infra-Estrutura do Estado, Denisson de Luna Tenório, que acabou sendo preso. Mas nas investigações feitas, a PF descartou qualquer envolvimento de Rogério Menescal nas irregularidades.

Funcionário concursado da Agência Nacional de Águas (ANA), ocupava o cargo de diretor de Obras Hídricas desde 2005, convidado pelo então secretário Executivo do Ministério da Integração Nacional, Márcio Lacerda. De perfil técnico, Menescal coordenara desde 2003 a equipe do Programa Pró-Água Semi-Árido, que lhe valeu o convite para entrar no Ministério.

No diálogo travado com Denisson, Menescal fala em "redução de perdas", ao tratar do Sistema de Abastecimento da Região Metropolitana de Maceió (Sistema Pratagy), que compreende a construção da Barragem Duas Bocas e o reforço e a ampliação dos sistemas adutores existentes. Esse trecho da conversa é que provocou a confusão em torno de uma suposta participação em alguma irregularidade.

"Para quem não conhece termos técnicos, essa conversa falando em redução de perdas pode parecer suspeita. Mas não é nada disso. Era apenas um esforço que vinha fazendo no sentido de não gastarmos dinheiro em construção de mais barragens e sistemas adutores , preferindo investir na redução de perdas do sistema de abastecimento. Só isso", explica Menescal.

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