Polícia busca último elo de grupo que matou João Hélio

A Polícia Civil investiga a denúncia de que um receptador de carros roubados em Cascadura, na zona norte do Rio, seria o último elo com os cinco jovens acusados de participar do assalto que resultou na morte trágica do menino João Hélio, de seis anos. O inquérito sobre a morte será encaminhado ao Ministério Público do Estado após a conclusão de dois laudos da perícia técnica, prevista para amanhã.

Outro inquérito foi instaurado para apurar a suspeita de que os criminosos integrariam uma quadrilha especializada em roubo de carros que agiria sob encomenda. Segundo o relato de testemunhas um deles participava do chamado Clube do Opala e era conhecido na região por ter "muita facilidade" de conseguir peças. A polícia espera recolher provas nos próximos dias para identificar um homem apontado como o "cabeça" do grupo.

"Fazer contatos para desmanche é o máximo que permite a capacidade intelectual deles. Tem alguém acima negociando isso", disse um policial que participa da investigação. Na aérea da 30.ª Delegacia de Polícia, em Marechal Hermes, são roubados, em média, 5 carros por dia.

O delegado Hércules Pires do Nascimento, titular da 30.ª DP e responsável pela investigação, disse que vai relatar no inquérito "requintes de crueldade" dos criminosos que mataram João Hélio. No último domingo, uma testemunha disse à polícia que o corpo do menino "parecia um pedaço de papelão jogado para cima e para os lados, quando batia nos quebra-molas, na lataria, no chão e nos postes". Após a conclusão, o inquérito policial será remetido para a Vara Criminal de Madureira.

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