Plataforma que deverá levar o país à auto-suficiência está em fase de teste

Rio – A Plataforma P-50 já deixou o estaleiro Mauá Jurong, em Niterói (RJ), para complementar os testes necessários a sua liberação definitiva ? antes de seguir para o campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, norte fuminense, onde deverá entrar em operação no início do mês de abril.

Maior plataforma já construída no Brasil em capacidade de produção (cerca de 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural), quando entrar em operação, a P-50 levará o país à auto-suficiência em produção de petróleo ? quando o volume produzido se sustentará acima do consumo médio nacional, que hoje é de 1,8 milhão de barris por dia.

A Petrobras investiu na construção da P-50 cerca de US$ 634 milhões, de um total de US$ 1,95 bilhão previstos para o desenvolvimento do Campo de Albacora Leste, localizado a 112 quilômetros do Cabo de São Tomé (RJ). Durante as obras, foram gerados 4.200 empregos diretos e 12.600 indiretos no país, onde foram construídos e integrados ao navio os diversos módulos de produção e utilidades.

Segundo a Petrobras, a unidade ficará fundeada na Baía de Guanabara por um prazo de 15 a 20 dias, "período em que serão verificados, entre outros aspectos, a estabilidade e as condições de segurança da embarcação" ? uma exigência normativa das entidades classificadoras e certificadoras e também da Marinha do Brasil. Só após a comprovação, é que serão concedidas a autorização e liberação de operação da unidade.

De acordo com a Petrobras, a produção começará logo depois de concluído o processo de ancoragem e iniciada a interligação dos 16 poços produtores e os 14 poços injetores (de água). A capacidade plena de produção de 180 mil barris de petróleo, no entanto, só deverá ser atingida pela unidade em um prazo de seis meses, provavelmente no início de outubro.

A petrolífera brasileira é detentora de 90% de participação no projeto, enquanto a Repsol-YPF é proprietária dos 10% restantes.

Unidade do tipo flutuante (FPSO), a P-50 foi adaptada do navio petroleiro Felipe Camarão, da Frota Nacional de Petroleiros (Fronape). A P-50 tem capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris de petróleo.

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