PF prende no Paraná um dos maiores ladrões de banco do país

A Policia Federal em Curitiba ouve neste momento José Reinaldo Giroti, considerado um dos maiores ladrões de banco do país. Segundo o superintendente da PF no Paraná, Jaber Makul Hanna Saadi, Giroti é o responsável pelas finanças da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Giroti foi preso na Operação Chacal, assim chamada em alusão a Carlos Chacal, que chegou a ser o terrorista mais procurado do mundo, e famoso por seus disfarces. Giroti também é especializado em disfarces e, no momento da prisão, tinha 17 carteiras de identidade.

De acordo com  Saadi, ele tem 30 processos criminais, 25 inquéritos policiais, 15 mandados de prisão e estima-se que os roubos de que ele participou cheguem a R$ 100 milhões.

O assaltante foi preso em Londrina, ontem à noite, depois de cinco anos de investigações. A prisão foi feita em um supermercado onde ele fazia compras, preparando-se para mudar do hotel onde estava hospedado com a família para a casa que comprou em Londrina, avaliada em R$ 1 milhão. Giroti não resistiu à prisão. providenciando as coisas para a casa.

O superintendente informou que a Polícia Federal está providenciando a transferência de Giroti para o presídio de segurança de máxima de Catanduvas (PR), possivelmente ainda hoje. Segundo Saadi, Giroti agia muito em conjunto com Marcos Camacho, o Marcola, mas, desde a prisão do suposto chefe do PCC em Presidente Prudente, Giroti passou a expor-se mais.

Giroti constumava seqüestrar familiares de gerentes de bancos e de empresas de segurança bancária para praticar os roubos, crime caracterizado como extorsão mediante seqüestro.

Segundo o delegado, um dos maiores assaltos que Giroti já confessou foi em 2001, ao Banco de Brasília. Na ocasião o valor divulgado da ação foi de R$ 5 milhões, mas Girtoti disse que o objetivo do assalto eram os cofres particulares e, com isso, eles roubaram R$ 50 milhões.

O crime foi muito divulgado porque as jóias da família de Juscelino Kubtscheck estavam em um desses cofres. Segundo Giroti, eles não sabiam do valor histórico da jóias e  no dia seguinte elas foram fundidas.

Outro roubo confessado foi ao cofre de penhores da Caixa Econômica Federal em Curitiba, no mês passado, no qual nove pessoas de uma empresa de segurança privada foram mantidas reféns por seis horas.

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