Nestas férias de julho, viajar de avião no Brasil já está de 5% a 8% mais caro do que no mesmo mês no ano passado, de acordo com levantamento por amostragem feito pela Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (Abav). Para o diretor da Abav Leonel Rossi Junior, o aumento é reflexo do encolhimento da Varig e do aquecimento da demanda. ?A oferta diminuiu e a economia vai bem. As pessoas estão viajando bastante?, afirma o diretor da Abav
No mercado internacional, não foi constatado aumento de tarifa, mas as agências de viagens afirmam que o número de assentos disponíveis nas classes promocionais foi reduzido. ?O custo para viajar está maior, mas não se pode falar em aumento. É uma questão de aplicação de tarifa. Há menos tarifas mais baratas disponíveis.? De acordo com o diretor, a apreciação do câmbio de um ano para cá ajudou a segurar os preços das passagens. ?O mercado é livre e as empresas têm direito de cobrar o que elas querem.
A TAM nega que tenha havido reajustes de tarifa no período. E afirma que tampouco repassou os aumentos do querosene de aviação que no acumulado do ano já subiu 19,09%. Na Gol, a reportagem não encontrou ninguém disponível para comentar
No mercado doméstico, as novas encomendas de aviões feitas pela TAM e pela Gol conseguiram contrabalançar a redução da oferta da Varig – mas foram insuficientes para dar conta do crescimento da demanda. Apesar de a Varig ter encolhido 45% em junho, ante igual período de 2005, a oferta geral do setor aumentou 10%. A demanda no período, cresceu 23,7%