Xavier confirma leitos de UTI em Telêmaco Borba

O secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier, confirmou ontem, em Telêmaco Borba, a instalação de dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Dr. Feitosa, o principal da região. É a primeira vez que a cidade e os outros sete municípios que integram a 21.ª Regional de Saúde terão leitos de UTI. “Não poderíamos deixar uma região com mais de 160 mil habitantes na dependência de outros municípios para um internamento em UTI”, disse Xavier.

A ação é resultado de uma parceria entre o governo do Estado e a Klabin S.A principal indústria da região. A Klabin investiu R$ 1 milhão na construção dos leitos. A Secretaria da Saúde garantiu a manutenção mensal das unidades, cerca de R$ 6 mil por mês por leito até o início do repasse dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Ministério da Saúde (MS), o que deve acontecer até março de 2004.

Dos dez leitos, seis entram em funcionamento na próxima semana e os outros começarão a operar até o fim do ano. “A Secretaria da Saúde resolveu de forma rápida e eficiente o problema da nossa região que estava esquecida há anos”, diz o prefeito de Telêmaco, Carlos Hugo. A maioria dos pacientes da região com necessidade de UTI era deslocada para Ponta Grossa que, agora, terá uma menor demanda por internamentos.

Além da confirmação da UTI, Xavier também anunciou a inclusão de dois hospitais da região no Programa de Incentivo aos Hospitais. A Casa de Saúde Dr. Feitosa deverá receber entre R$ 40 mil e R$ 60 mil, assim como o Hospital Luíza Borba Carneiro, de Tibagi, que pertence às unidades próprias da secretaria.

Os prefeitos da região, incluindo o presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e prefeito de Tibagi, José Tibagy, discutiram com Xavier a possibilidade de instalação de um consórcio intermunicipal de saúde na região. Os consórcios são responsáveis pela marcação de consultas especializadas e exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Das 22 regionais de Saúde, apenas 3 não têm consórcio (1.ª, 2.ª e 21.ª). “A iniciativa dos prefeitos é fundamental para viabilizar o consórcio”, disse o secretário.

Após a visita a Telêmaco, Xavier e a equipe de diretores da secretaria foram até Tibagi, no Hospital Luiza Borba Carneiro. Com a visita à 21.ª Regional e o anúncio de credenciamento das UTIs e de investimentos nos hospitais regionais o secretário da Saúde encerrou neste ano o programa Governo Itinerante. Para cumprir a meta de instalação em todas as 22 regionais de Saúde, desde março, Xavier e sua equipe de diretores têm feito em média três viagens mensais.

Hospital de Paranavaí será concluído

O governador Roberto Requião determinou a conclusão das obras do Hospital Regional de Paranavaí, que estavam abandonadas desde 2000. Uma reunião naquele município, ontem, coordenada pelo secretário de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, definiu que as obras serão reiniciadas no início do próximo ano. Depois de concluída, a unidade atenderá a população de 28 municípios do Noroeste do Estado.

As obras, iniciadas na primeira gestão de Requião como governador, foram abandonadas com pouco mais de 30% dos serviços executados. Na reunião, com a participação de representantes da Prefeitura, da 14.ª Regional de Saúde e do Consórcio Regional de Saúde, foram acertados os últimos detalhes legais para o reinício dos trabalhos, que implicam inclusive a desapropriação do imóvel sobre o qual o prédio foi construído.

Estrutura

Para a conclusão do Hospital Regional de Paranavaí deverão ser necessários recursos superiores a R$ 2 milhões. A unidade, que se situa ao lado da Santa Casa, deverá ter 5.296 metros quadrados, contando com sete centros cirúrgicos, sete leitos de UTI, 70 apartamentos e dez acomodações para pós-operatório.

Na reunião, Caron lamentou que uma obra da importância de um hospital regional, em uma área carente de saúde no Paraná, tenha sido abandonada ao longo dos últimos governos. Lembrou inclusive que a falta de responsabilidade dos administradores fez com que parte do material comprado para a conclusão do hospital fosse roubada do canteiro de obras. “Trata-se de um exemplo claro do descaso com que o dinheiro público era tratado por nossos antecessores”, finalizou o secretário, na reunião em Paranavaí.

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