Voluntariado exige comprometimento e dedicação

Muitas instituições de caridade de Curitiba sobrevivem graças à atuação de voluntários, pessoas que dedicam parte de seu tempo e dinheiro para trabalhar gratuitamente em benefício do próximo. Ontem, foi comemorado o Dia Internacional do Voluntário.

Porém, muitas entidades ainda têm dificuldades para encontrar cidadãos realmente comprometidos e com vocação para o voluntariado.
Exemplo disso acontece no Hospital Erasto Gaertner, que é referência no tratamento do câncer.

No local, atuam 350 voluntários, coordenados pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. Entretanto, existem 40 vagas ociosas para pessoas que queiram desenvolver ações de prevenção do câncer através do setor educacional, assistência aos pacientes e participação em eventos e campanhas.

“O grande problema é que, muitas vezes, as pessoas que se dispõem a ser voluntárias acreditam que para desenvolver a atividade não precisa haver comprometimento. No Erasto Gaertner, o voluntariado é bastante profissional e existe uma escala de voluntários. Se uma pessoa falta, o atendimento fica prejudicado”, comenta a vice-presidente da Rede Feminina, Cleide Anastácio Rando.

No Hospital Infantil Pequeno Príncipe há voluntários que prestam serviços há mais de 20 anos, principalmente na área de recreação. Por outro lado, também existem pessoas que preenchem ficha se propondo a ser voluntárias e, quando são chamadas, não aparecem sequer para participar do treinamento.

“Muitas pessoas têm uma empolgação momentânea em se tornarem voluntárias, assim como existe gente que começa o trabalho e não pára mais”, diz a coordenadora do setor de voluntariado da instituição, Rita Cersosimo.

Para quem tem persistência, o serviço voluntário costuma ser gratificante e gerar satisfação pessoal. Segundo a coordenadora do serviço de voluntariado do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Sirlei Kleina, o voluntário doa e ao mesmo tempo recebe. “Passam a ter uma visão diferente da vida e um maior sentimento de humanidade.”

Assim como o Pequeno Príncipe, a Rede Feminina de Combate ao Câncer e o HC também disponibilizam treinamento aos voluntários. O objetivo é que as pessoas saibam se realmente têm vocação para a atividade e em que setor se encaixam melhor.