Vida após o terremoto

De volta ao Brasil após um ano de missão, o tenente conta que só nos últimos meses de sua estadia em solo haitiano é que pode notar o início das obras de reconstrução do país após o grande terremoto de 2010. “Pouco antes de eu voltar pro Brasil, deu pra perceber que eles estavam de fato começando a construir tudo de volta. Principalmente os prédios públicos e casas para os desabrigados, que infelizmente ainda são muitos”, conta.

A reconstrução do Haiti é toda bancada e executada por estrangeiros. Grande parte dos esforços é na reconstrução de casas para as pessoas, que ainda vivem em sua grande maioria em barracas doadas por órgão internacionais. Estima-se que cerca de um milhão de haitianos ainda estão desabrigados após o terremoto.

“As condições dos haitianos ainda são muito precárias. Eles sofrem com a falta de itens básicas e eles dependem apenas das ONGs internacionais que trabalham por lá e da ajuda financeira enviada de países de todo o mundo”, afirma Azevedo.

Cólera

Desde outubro de 2010 – oito meses após o terremoto – o Haiti vive com uma terrível epidemia de cólera. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde, a doença infectou mais de 520.000 pessoas e causou cerca de 7.000 mortos até meados de dezembro de 2011.