As três principais universidades estaduais – Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual de Maringá (UEM) – completam 39 anos hoje. As instituições foram criadas por meio de uma lei de 28 de janeiro de 1970, pelo então governador Paulo Pimentel.
Sinônimos de crescimento do interior do Estado, as três instituições contribuem hoje com grande parte da pesquisa realizada no Paraná, e são classificadas positivamente pelo Ministério da Educação (MEC). Nelas estudam mais de 50 mil alunos nos cursos de graduação e pós-graduação.
O criador das universidades, Paulo Pimentel, lembra que na época os estudantes do interior que quisessem fazer um curso superior tinham que vir para Curitiba – estudar na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – ou até mesmo procuravam São Paulo. Ele recorda ainda que foram dois anos de luta para criar as instituições, e que nos primeiros meses a grande dificuldade foi conseguir professores.
“Nomeei os reitores, mas os professores ficavam apenas alguns dias nas cidades, as aulas tinham que se adequar ao tempo dos docentes”, lembra. Pimentel afirma que a criação das três universidades estaduais alavancou o crescimento da região e também resultou na criação das instituições de ensino particulares. “Na época algumas pessoas acreditavam que criar três universidades seria uma audácia temerária. Mas era um sonho, e criamos logo três de uma vez”, comemora.
Na opinião do reitor da UEM, Décio Sperandio, a criação das instituições foi um grande marco no desenvolvimento da região. “A criação das três foi sábia. Uma instituição de ensino superior traz desenvolvimento científico, econômico e social para toda a região. Hoje estamos entre as 20 melhores do País em relação à publicação científica”, comenta.
Para o reitor da UEL, Wilmar Marçal, investir em instituições de ensino superior é um grande acerto. “Cada instituição estadual está diretamente ligada aos problemas de cada cidade. Por exemplo, nós somos um pólo agrícola e por isso temos muitas pesquisas nessa área. Da mesma forma, somos um pólo de saúde, e estamos nos desenvolvendo também nas áreas de moda e cultura, por isso criamos os cursos de Design de Moda e Música”, diz.
O reitor da UEPG diz que a maioria dos estudantes universitários do Paraná estão nas faculdades estaduais. “O que seria do Paraná sem as universidades estaduais? As nossa instituições se desenvolvem em um ritmo bem mais rápido do que as dos outros estados”, comenta.