Tromboembolismo preocupa médicos

Cirurgiões plásticos e profissionais da área médica se reuniram ontem, em Curitiba, para discutir os cuidados para evitar um problema relativamente freqüente que os pacientes podem sofrer após submetidos a intervenções cirúrgicas. O tromboembolismo motivou o minis-simpósio promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Paraná (SBCP-PR), em parceria com as sociedades de Angiologia e Cirurgia Vascular e de Anestesiologia.

O tromboembolismo se origina de uma formação de um coágulo venoso que pode ir para o pulmão e evoluir para uma embolia pulmonar. Se não for diagnosticado, o problema pode ser fatal. Segundo presidente da Associação Médica do Paraná, José Fernando Macedo, “a idéia do minissimpósio é chamar a atenção da sociedade para esse problema, que deveria ser uma preocupação de todas as áreas de medicina”.

Macedo conta que o volume de casos de tromboembolismo apresenta um índice preocupante de mortalidade no ambiente hospitalar. Para ele, grande parte desses óbitos acontece por causa da imobilidade dos pacientes no pós cirúrgico.
De acordo com o presidente da SBCP-PR, Manoel Augusto Cavalcanti, o paciente precisa se movimentar. “Depois de uma cirurgia, a pessoa não pode ficar parada.

Hoje existem novos medicamentos analgésicos que possibilitam um certo conforto para que o paciente não fique estático no leito”, explica Cavalcanti.

José Fernando Macedo ressalta que os pacientes mais propensos ao tromboembolismo são os jovens que usam anticoncepcionais e os fumantes.

Para Cavalcanti, é preciso congregar outras especialidades para discutir esse tema. Segundo ele, o médico tem que estar atento a fatores do paciente que o colocam em situação de maior risco, como o fumo e a pílula anticoncepcional. “A paciente que vai se submeter a um procedimento de lipoaspiração tem que parar de tomar a pílula, por exemplo. Neste caso, o médico poderá indicar outros medicamentos”, diz.