BR-116

Trânsito no Trevo do Atuba continua caótico

Há um ano, uma reportagem de O Estado do Paraná denunciava o trânsito caótico existente no Trevo do Atuba, na BR-116, limite entre os municípios de Pinhais e Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Passado este período, nada mudou. Para poder trafegar por este local, os motoristas continuam precisando de uma boa dose de paciência, além de redobrar a atenção, pois é comum acontecerem pequenos acidentes.

A comerciante Bernadete Scheffer conta que fica complicado transitar em qualquer hora do dia pela região. Porém, a situação piora por volta das 8h e das 16h. “Logo que esse trevo surgiu, ele dava conta do recado. Contudo, o fluxo de automóveis aumentou muito e esse trevo ficou insuficiente”, afirma.

Ela diz ainda que foi obrigada a estabelecer uma regra de que só faz entregas em domicílio até as 16h. “As entregas depois das 16h tornaram-se impossíveis, pois se perde muito tempo neste trecho. Às vezes, na hora de ir embora, sou obrigada a esperar uma hora ou mais porque fica impossível de se dirigir”, garante.

A situação fica ainda pior quando um veículo quebra ou acontece um acidente. De acordo com a balconista Kátia Fernandes, que trabalha em frente do local, quando uma das duas situações ocorre, o trânsito para de vez.

“Ninguém se entende neste trevo. É uma bagunça só e até mesmo para poder atravessá-lo a pé é uma tarefa árdua. Fica difícil também quando chove forte, em que deixa a pista alagada. Os motoboys que fazem entregas aqui da loja precisam se arriscar para poder cumprir seu trabalho”, salienta.

O empresário Willian Wagner Macedo, que precisa passar pelo trevo todos os dias, conta que tentaram resolver o problema com a implantação de um semáforo no local, mas isso só piorou o problema.

“Quando colocaram esse semáforo, a fila triplicava de tamanho. Tanto é que na hora de pico, ele fica só no alerta. Sempre perco muito tempo aqui. É normal fazer esse trecho de 150 ou 200 metros em meia hora. Além disso, há muito caminhão transitando, o que contribui bastante para esse caos”, avalia.

Por meio de uma nota, a Autopista Régis Bittencourt, concessionária responsável pela BR-116, informou que está elaborando um projeto que prevê a melhoria da trincheira.

Ele depende de ajustes e da concordância entre as prefeituras de Curitiba, Pinhais e Colombo. O projeto final também depende da aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para ser executado. A previsão da concessionária é para a execução da obra no ano de 2011.