Suspeita de febre amarela provoca alerta no Estado

A suspeita do que pode ser a quinta morte decorrente de febre amarela silvestre, ocorrida ontem na região sudoeste de São Paulo, fez com que a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) intensificasse as ações de prevenção contra a doença na região do Norte Pioneiro. O objetivo da Sesa é manter a imunidade do Paraná diante da febre amarela silvestre, que já dura 49 anos.

A quinta vítima em potencial é um morador do município de Piraju (SP). A possível confirmação da causa da morte fez com que a Sesa deslocasse equipes da regional de saúde local para o município paranaense de Carlópolis, a 30 quilômetros de Piraju, para vacinar e prestar orientações à população.

O Ministério da Saúde e o governo de São Paulo já desenvolvem uma campanha para imunizar 370 mil pessoas até o final do mês. No Paraná, além de Carlópolis, a Sesa está intensificando a vacinação principalmente nos municípios de São José da Boa Vista, Ribeirão Claro e Siqueira Campos.

A Sesa informou que as equipes foram acionadas assim que o órgão tomou conhecimento da possibilidade de surto, às 18h do dia 20. De acordo com a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Respostas Rápidas de Saúde, Ângela Maron de Mello, estão sendo realizados monitoramentos dos animais nas áreas rurais de 22 municípios do norte pioneiro. “Na próxima semana iniciaremos um levantamento de vetores nos locais de mata”, afirma Ângela.

A Sesa estima que desde 1999 cerca de 8,5 milhões de paranaenses estão imunizados contra a febre amarela pela vacina. “A secretaria continua com a estratégia de manter a doença longe do Estado, vacinando as pessoas cujo prazo de imunização possa estar vencido”, afirma Ângela.

Os últimos casos de febre amarela no Paraná foram registrados no ano passado no município de Laranjal, próximo a Guarapuava. A Sesa também localizou macacos que morreram infectados nas regiões central e oeste do Estado. Um caso de febre amarela silvestre, no entanto, não é registrado no Paraná desde 1961.

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