Trânsito

Só duas lombadas eletrônicas funcionam em Curitiba

Das trinta lombadas eletrônicas instaladas em Curitiba, apenas duas estão em funcionamento. Uma delas fica na Vila Trindade, no Cajuru, e a outra na Rua Rodolfo Bernardelli, Uberaba. Nas outras partes da cidade, os pedestres dependem da educação dos motoristas para conseguir atravessar as vias mais movimentadas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), as lombadas eletrônicas eram antigas e foram desligadas porque, por falta de manutenção, não estavam aferindo adequadamente a velocidade dos veículos.

Uma licitação já foi encerrada para que, até setembro, a empresa vencedora inicie o reparo dos equipamentos que estão desligados. Outra licitação definiu a instalação de 50 novas barreiras eletrônicas que já tiveram os locais definidos e estão em fase de implantação. Os novos pontos ainda não foram divulgados.

Nos últimos seis meses, doze lombadas eletrônicas foram substituídas por lombadas convencionais ou semáforos. De acordo com a diretora de trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, é importante diferenciar a atividade do radar e da lombada eletrônica. “O radar fiscaliza a velocidade da via. Já a lombada eletrônica é como se fosse uma lombada física, que tem a função de reduzir a velocidade num determinado ponto para facilitar a travessia de pedestres e evitar atropelamentos”, afirma.

Enquanto a manutenção não começa, o funcionamento das barreiras eletrônicas faz falta. Na segunda-feira, o sargento da Polícia Militar Adolfo Lopes Filho, de 49 anos, morreu a alguns metros de uma lombada eletrônica desativada no Boqueirão depois de bater contra um caminhão. A filha dele, de 22 anos, ficou ferida.

Morador da região, o jornalista Terry Medina acredita que acidentes como este poderiam ser evitados se o equipamento estivesse funcionando. “Próximo ao terminal do Boqueirão tem uma lombada eletrônica desativada. A maioria dos motoristas reduz a velocidade e respeita o limite, mas tem algumas pessoas, principalmente à noite, que passam acima da velocidade permitida. Isso arrisca a vida dos pedestres”, garante.