Sinal verde para metrô de Curitiba

O projeto do metrô de Curitiba, discutido há cerca de 20 anos, tem grandes chances de sair do papel em 2008. Nesta semana, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão vinculado ao Ministério das Cidades, aprovou o projeto encaminhado há dois anos pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Entretanto, o Ippuc ainda espera que metade do valor da obra seja custeado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Ministério do Planejamento.  

O pedido foi encaminhado pelo Ministério das Cidades ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O mesmo pedido foi feito pelo prefeito Beto Richa. O custeio por meio do PAC garantiria a metade do recurso de R$ 1,250 bilhão. A outra metade viria das concessionárias de equipamentos rodantes (32%) e da Prefeitura (18%).

O metrô de Curitiba seria uma alternativa a mais para os passageiros que fazem o trajeto norte-sul (do bairro Pinheirinho ao Cabral, um total de 14,3 quilômetros). De acordo com Augusto Canto Neto, presidente do Ippuc, a idéia inicial é que quatro vagões, com capacidade para 1,2 mil passageiros, façam o trajeto a seis metros abaixo do solo. Onde é hoje a pista do biarticulado seria a laje do teto do metrô. ?Isso inclusive barateia o custo, já que geralmente os metrôs ficam de 20 a 30 metros abaixo do solo?, comentou.

A previsão é que o metrô absorva cerca de 20% dos usuários do transporte coletivo e, com a agilidade do novo veículo, significa o transporte de 25 mil passageiros por hora nos horários de pico, contra os 18 mil transportados hoje pelos ônibus.

A viabilização do metrô ainda depende de alguns entraves burocráticos. A documentação que solicita ao ministro Paulo Bernardo a inclusão do projeto do metrô no PAC ainda não está nas mãos do prefeito Beto Richa. A Prefeitura informou que caso o ministro não venha à capital na semana que vem, como está previsto, Richa irá a Brasília garantir que o metrô será realidade na cidade.

De acordo com o prefeito, o metrô já faz parte de um planejamento feito a longo prazo para uma capital que cresce a cada dia. Segundo Canto Neto, mesmo com as obras da Linha Verde, que vão desafogar de 25% a 30% do movimento no eixo norte-sul da cidade, em cinco anos a demanda cresceria a tal ponto de um novo saturamento. Para Richa, a expectativa com relação ao ministro é muito boa. ?Não é um projeto de curto prazo, mas o poder público precisa fazer o planejamento das necessidades futuras da cidade. A crescente demanda de passageiros torna necessárias novas tecnologias?, diz o prefeito Beto Richa.

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