Secretaria Municipal da Saúde descarta surto de gripe

Apesar da confirmação, ontem, da quinta morte por gripe neste ano em Curitiba, a Secretaria Municipal da Saúde descarta surto da doença. Em todo o ano passado a cidade registrou sete óbitos. “Estamos monitorando e não há nenhum parâmetro que nos leve a ter preocupação com epidemia ou aumento excepcional de casos nessa temporada de inverno”, avalia o diretor do Departamento de Epidemiologia, Moacir Pires Ramos.

O último óbito foi de um jovem de 18 anos, no dia 17 de julho no Hospital do Trabalhador. “Ele não tinha comorbidade (outra doença simultânea), recebeu Tamiflu ao chegar na unidade e os cuidados de saúde foram feitos regularmente”, comenta Ramos. É o terceiro caso de morte por gripe B neste ano na cidade. Dois outros casos foram por Influenza A H1N1. No ano passado, Curitiba teve cinco mortes pelo vírus H1N1 e duas por H3N2. “Não vemos nenhuma tendência de excepcionalidade, pois todo ano tem casos de influenza B”, afirma, destacando que os óbitos têm acontecido em extremos de idade – jovens e idosos – além de pessoas com comorbidades.

Abaixo da média

Segundo o diretor, os números de vítimas fatais estão abaixo da média histórica para o período, acompanhando os demais dados monitorados pela secretaria. “Conforme vai esfriando, o número de pessoas com síndromes respiratórias que chega às unidades de saúde alcança picos de 25 a 30% do total de atendimento. Na última semana, quando era esperada essa média histórica, o índice foi de 17%”, revela. Além de gripe, entram na estatística casos de rinite, sinusite, resfriado e bronquite, por exemplo.

No acompanhamento das causas das internações por síndromes respiratórias agudas e graves – cujos sintomas são tosse, catarro, falta de ar e febre – a pasta também não percebeu aumento significativo dos casos de gripe. “Tem mais mortes e ocorrências por outros vírus, como resfriado, que influenza”, detalha Ramos. Até agora foram notificados 57 casos de influenza contra 191 de outros vírus que exigiram internamento.

Orientação do médico

Para evitar doenças respiratórias, as orientações básicas são: manter os ambientes arejados, lavar as mãos com frequência, usar álcool 70 e não tossir na mão. Em caso de febre alta de início súbito – acima de 38 graus, acompanhada de tosse e dor de garganta, a recomendação é procurar rapidamente uma unidade de saúde para receber medicação específica de forma ágil. Quando tomado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, a eficácia do Tamiflu é maior.