Projeto tenta proteger escolas do vandalismo

Um projeto de reforço à proteção das escolas municipais está sendo elaborado em parceria pelas secretarias municipais da Educação e Defesa Social e as oito administrações regionais de Curitiba. Com o nome de Sistema Integrado de Segurança e Proteção aos estabelecimentos de ensino, o projeto prevê um patrulhamento tático e preventivo, através da Guarda Municipal com apoio das polícias Militar e Civil.

Segundo o secretário da Defesa Social, coronel Sanderson Diotalevi, haverá um remanejamento da Guarda Municipal para atender às localidades com maior número de ocorrências. As escolas que ficam nas regionais do Portão e Boqueirão serão auxiliadas pelos guardas municipais das regionais de Santa Felicidade e Matriz, que não tiveram qualquer tipo de ocorrência registrada durante este ano.

Atualmente, quarenta escolas municipais têm vigilância 24 horas. Esse atendimento é feito nos colégios em áreas de maior risco de vandalismo. “Mas todas as 156 instituições de ensino da rede têm agentes de segurança, que atuam durante o período de aulas”, garante o superintendente técnico da secretaria da Educação, Jacir Bombonato Machado.

Para dar agilidade ao atendimento oferecido pela empresa de segurança, a partir do segundo semestre, deverá ser implantado um sistema de controle setorial. “A cidade será dividida em quatro regiões, o que vai facilitar e agilizar o atendimento às escolas”, comenta Machado. “Dessa forma, a empresa responsável pela segurança daquela região poderá ser acionada e chegar mais rapidamente ao local”. A Defesa Social e a Educação também estão estudando um projeto para a instalação de alarmes antecipativos nas escolas. Esse alarme seria ativado por um sensor, assim que alguém entrasse na escola. “É mais uma forma de tentarmos coibir as ações de vandalismo”, comenta Machado. O superintendente também afirma que dentro de duas semanas será feita uma nova reunião para a avaliação do funcionamento de todos os novos procedimentos.

Vandalismo

Outras medidas que serão tomadas, a partir do segundo semestre, são o monitoramento por câmeras de vídeo e o trabalho intensivo com a comunidade. Todo o trabalho de segurança envolverá a comunidade, que será orientada através de palestras e panfletos. O trabalho com os agentes comunitários e alunos pretende reforçar o serviço de denúncias à Guarda Municipal e à Polícia Militar, através do telefone. “É importante incentivar a comunidade a participar mais da vida da escola”, comenta a diretora da Escola Municipal Dario Vellozo, na Cidade Industrial de Curitiba, Ellis Teresinha Rocha. No domingo à tarde, o colégio teve três vidros quebrados e um videocassete roubado. “A partir de agora, pretendemos abrir a escola para a comunidade nos finais de semana. Quem sabe assim, tendo a escola como ponto de referência, haja menos problemas de vandalismo”.

No final de semana, além da Dario Vellozo, a Escola Municipal Moradias do Ribeirão também foi alvo de vandalismo, na CIC. No sábado, cerca de duzentos vidros das salas de aula foram quebrados.

Prejuízo

Os atos de vandalismo deram prejuízo de quase R$ 1,5 milhão aos cofres públicos de Curitiba no ano passado. Esses recursos foram gastos para devolver à população equipamentos danificados. O dinheiro gasto em 2001 daria para construir quatro unidades de saúde, que custam em média R$ 270 mil cada uma.

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