Prefeitura faz reformas em 18 terminais de ônibus

A Prefeitura de Curitiba está fazendo reformas em 18 terminais de ônibus. É o maior pacote de obras, com o maior volume de investimento, desde o início da construção dos terminais, na década de 80. São R$ 7,6 milhões nas reformas e mais R$ 4,4 milhões na ampliação do terminal do Pinheirinho. “As reformas vão garantir mais segurança e conforto para os passageiros”, diz o prefeito Beto Richa.

Estão sendo reformados os seguintes terminais: Centenário, Campo Comprido, Barreirinha, Caiuá, Boa Vista, Carmo, CIC, Portão, Boqueirão, Bairro Alto, Fazendinha, Sítio Cercado, Campina do Siqueira, Santa Felicidade, Capão Raso, Santa Cândida, Vila Oficinas e Pinheirinho.

No terminal do Capão Raso, a recuperação completa da cobertura agrada aos passageiros. Para a aposentada Neli Terezinha Moreira Zeni, 73 anos, as goteiras do telhado eram o maior problema do local. “Eu já cheguei a abrir o guarda-chuva aqui dentro, mas agora que eles estão reformando e vedando tudo; vai dar um grande conforto para o passageiro”, afirma ela. Além da limpeza da cobertura, todos os terminais estão passando por reformas na estrutura metálica dos telhados, consertos de calhas e melhorias na parte elétrica.

No terminal do Portão, a ampliação das estações-tubo da linha Inter 2 chama a atenção dos passageiros. Todas as estações desta linha nos terminais vão ganhar uma porta extra para os novos ônibus articulados da linha, que têm três portas e uma capacidade ampliada de 110 para 170 passageiros. O mecânico Silvestre Robaskievicz, de 68 anos, aprovou o trabalho. “Vai acabar o empurra-empurra porque os passageiros vão conseguir entrar e sair com mais facilidade do ônibus”.

O ponto em comum na reforma dos terminais é a melhoria de acesso e circulação para pessoas com deficiências ou dificuldades de locomoção. Estações-tubo estão recebendo rampas e elevadores. Guias rebaixadas e rampas de passeio estão sendo instaladas nos lugares onde ainda não existiam, e todas receberão reforço na pintura de sinalização. Faixas elevadas de pedestres estão sendo construídas, permitindo a travessia das pistas no mesmo nível da calçada. Os banheiros para portadores de necessidades especiais estão sendo reformados e, em alguns terminais, reconstruídos.

Dos 21 terminais da cidade, apenas três ainda não estão passando por obras: Cabral, Hauer e Capão da Imbuia. O Cabral será ampliado em 2009 com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), num financiamento contratado pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), do governo estadual. A obra é uma contrapartida ao Município de Curitiba pela inclusão na Rede Integrada de Transporte (RIT) do terminal do Guaraituba, em Colombo.

A operação do novo terminal de Colombo – iniciada no dia 29 de novembro, com 13 linhas de ônibus para uma média de 30 mil passageiros/dia – custa R$ 230 mil por mês para o pagamento da quilometragem rodada dos ônibus e dos funcionários das linhas e do terminal. Esse valor é arcado pelo fundo de transporte de Curitiba, tendo como contrapartida do governo estadual a ampliação do terminal do Cabral, que recebe a maioria dos passageiros provenientes de Colombo.

Para a reforma do terminal do Hauer e a possível reconstrução do terminal do Capão da Imbuia, a Prefeitura de Curitiba está em busca de fontes de financiamento, e poderá dar início às obras ainda em 2009.