Pré-Conferência das cidades na capital

Os desafios para o desenvolvimento dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) serão debatidos hoje, a partir das 8h30, na Pré-Conferência Metropolitana das Cidades. O evento é organizado pelo Observatório de Políticas Públicas do Paraná e acontece no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade.

Além do convite a vereadores, prefeitos e outros órgãos públicos, foi feita uma convocação para representantes da sociedade civil. ?A participação popular é fundamental para a discussão dos problemas da Região Metropolitana?, diz Leandro Frankilin, do Observatório. A intenção posterior ao encontro é fundar um o Fórum Metropolitano da Sociedade Civil, uma entidade organizada que vai lutar pela melhoria das condições nas regiões metropolitanas. ?A organização é importante especialmente agora que as Prefeituras estão fazendo os respectivos Planos Diretores para ações até 2006?, diz Frankilin.

Habitação

Dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios da RMC está a questão habitacional. Em Curitiba há 230 ocupações irregulares, mas não existem dados concretos sobre o número de invasões e favelas nos municípios situados nos arredores da capital. ?Não há mensuração, mas o problema é notório e se deu devido ao crescimento desordenado provocado pelo déficit habitacional, especialmente a partir dos anos 70.? O problema começou a se agravar há cerca de quinze anos, com o processo de transformação de Curitiba em metrópole. ?Houve todo aquele marketing em cima da cidade e a atração de multinacionais como a Renault e a Audi. Foi um chamariz para pessoas de todos os lugares, só que não havia infra-estrutura para todos. Aqueles que não conseguiram se adequar aos padrões, acabaram migrando para a Região Metropolitana?, explica Frankilin. Com isso, as cidades da RMC acabaram tornando-se autênticas cidades-dormitórios, com muitas construções irregulares. ?A solução mais eficaz seria dar a essas cidades auto-sustentabilidade. Crescendo economicamente, elas teriam como resolver de modo autônomo o problema habitacional, evitando invasões e formações de favelas.?

Justamente por defender a auto-sustentabilidade dos municípios, Frankilin acredita que a criação do Eixo Metropolitano viário, na BR-476, é uma medida paliativa.

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