Paraná é pioneiro no controle da rubéola

O Paraná foi o primeiro estado do País a fazer uma campanha de vacinação em massa contra rubéola para as mulheres em idade fértil, de 15 a 39 anos. Como resultado dessa ação, executada em 1998 em todos os municípios, os casos da doença caíram 95,8% em três anos. “A doença está sob controle no Paraná”, garante o secretário estadual da Saúde, Luiz Carlos Sobania.
Hoje, a Secretaria da Saúde mantém a imunização contra rubéola na rotina da vacinação do Estado. “O Paraná não tem necessidade de participar da campanha que está sendo planejada pelo Ministério da Saúde para diversos Estados e que deve acontecer no mês que vem”, diz Sobania.
Plano ? A estratégia para controlar a doença foi elaborada pela secretaria em 1995. O Plano de Controle da Rubéola e Eliminação da Síndrome da Rubéola Congênita teve quatro fases. A primeira, colocada em prática no mesmo ano, foi a vacinação da faixa etária de 1 a 12 anos, com cobertura de 95% da meta.
No ano seguinte, o Estado implantou como rotina a vacina tríplice viral para crianças de 1 ano e, em 1997, começou a aplicar nas maternidades a vacina monovalente contra rubéola para as parturientes e pós aborto.
“Como o Paraná já vinha desenvolvendo esse plano de controle da doença, decidimos realizar a vacinação em massa em 1998”, conta o diretor de Vigilância e Pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde, Nereu Henrique Mansano. “Pela primeira vez no Brasil foram vacinadas indiscriminadamente mulheres de 15 a 39 anos.”
No total, a campanha atingiu 1.342.352 mulheres em idade fértil e fez desabar o número de casos. Em 1998 foram registrados 336 casos de rubéola, o ano 2000 fechou com 32 e 2001, conforme dados preliminares, com 14.
A Secretaria da Saúde faz um acompanhamento de todos os casos de rubéola registrados no Estado através do Serviço de Vigilância Epidemiológica, com participação das secretarias municipais.
Doença ? A rubéola é uma doença transmitida por vírus com alto grau de contágio. Quando ocorre em gestante, principalmente no primeiro trimestre de gestação, pode provocar abortos, nascimento do bebê sem vida ou a Síndrome de Rubéola Congênita (SRC), que se caracteriza por malformações congênitas. “Por isso a importância de evitar a rubéola, principalmente em mulheres”, informa Mirian Woiski, chefe do Departamento de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria da Saúde do Paraná.
A rubéola é transmitida principalmente por contato direto com pessoas infectadas. No caso da doença congênita, passa através da placenta da mãe para o feto. Os sintomas característicos são parecidos com os do sarampo, apresentando febre e manchas vermelhas pelo corpo.

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