Ônibus sem cinto tornam viagem arriscada

O acidente envolvendo um ônibus entre os municípios de Bandeirantes e Santa Mariana, que deixou 13 mortos e 26 feridos na última terça-feira, reacendeu o debate sobre a segurança no transporte de passageiros. Nove das treze vítimas do acidente foram arremessadas para fora do veículo por não estarem utilizando cinto de segurança. Esse e outros casos estão deixando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em alerta.

Números da PRF mostram que, em 2003, foram registrados 210 acidentes com ônibus nas estradas paranaenses, totalizando 131 vítimas. Nos três primeiros meses deste ano, ocorreram 50 acidentes, com 33 mortes. De acordo com a o Código de Trânsito Brasieliro (CTB), “é obrigatório o uso do cinto de segurança para os passageiros nos ônibus e microônibus fabricados a partir de janeiro de 1999”. Mas, segundo a inspetora de comunicação da PRF no Paraná, Maria Alice Polo, as empresas de ônibus ainda não se mobilizaram para atender esses itens de segurança.

Ela ressalta que é um direito dos passageiros exigir total segurança do veículo que estão utilizando. “A lei existe, mas não é cumprida na maioria dos casos. Além das empresas, que não cobram o uso do cinto nas viagens, os passageiros não estão conscientizados da importância dele para que não corram nenhum risco”, diz.

A PRF informou que vai intensificar a fiscalização nas estradas, reforçando e cobrando a disponibilidade de cintos de segurança em cada poltrona dos veículos. Maria Alice também declarou que a PRF entrou em contato com as empresas de ônibus para tentar sensibilizá-los sobre a situação. Ela conta que algumas dessas empresas já foram multadas por não apresentarem condições mínimas de segurança, mas que mesmo assim, os erros continuam. “A gente faz a nossa parte, que é alertar, fiscalizar e exigir as mudanças”, completa a inspetora.

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