Eram para a Copa

Obras de mobilidade pra Copa encareceram 14%, diz TCE

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) divulgou ontem a conclusão de um novo relatório elaborado pela Comissão de Fiscalização da Copa 2014, que avaliou a situação das obras de melhorias de mobilidade urbana iniciadas para o mundial. Além do atraso, o aumento de custo também chamou a atenção.

De acordo com o TCE, em novembro de 2014 o valor das obras chegou a R$ 491,35 milhões, o que representa aumento de 13,97% sobre os R$ 431,1 milhões previstos na Matriz de Responsabilidade. “As principais causas dos atrasos e da elevação de custos apontadas pelo TCE são deficiência de planejamento, falta de detalhamento dos anteprojetos e orçamentos subestimados. A injustificada demora na fase de projeto das obras – que, em alguns casos chegou a três anos – gerou aumento expressivo de custos”, concluiu o tribunal.

Foram avaliadas 10 obras de melhorias na mobilidade urbana, executadas pelos governos municipal e estadual. “A comissão conclui que o legado dos investimentos feitos pelo Município de Curitiba e o Governo do Paraná ficou comprometido, trazendo menos benefícios à população que os inicialmente previstos”.

O diretor-técnico da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Sandro Setim, argumentou que o aumento de custos está relacionado com o aumento de serviços nas obras da Copa. Já o atraso nos pagamentos, de acordo com ele, aconteceram por causa do ano eleitoral. “A tramitação de aditivos foi vedada depois de julho por causa das eleições e foi reaberta em novembro, próximo do encerramento do ano fiscal. A (Secretaria da) Fazenda deu prioridade para aplicações previstas em lei, como saúde e educação. Agora em 2015, já está assegurado o orçamento para essas obras e dívidas”, explicou.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou que os recursos para a conclusão do Terminal do Santa Cândida, previstos no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) da Copa, estão assegurados perante o governo federal. Os acréscimos de custos ocorreram por “deficiências dos projetos originais e orçamentos subestimados pela gestão anterior, que tiveram que ser refeitos, com consequente aumento de custos e de prazos”.

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