Mutirão recolhe pneus inservíveis em Londrina

A prefeitura de Londrina, no norte do Estado, realizou ontem e terça-feira dois dias de mutirão para recolhimento de pneus inservíveis. A ação foi motivada pela proximidade com as férias, quando um maior número de pessoas aproveita para trocar os pneus do carro para viajar, e pelo acúmulo do produto nas borracharias.

Outro fator, segundo o secretário municipal de Ambiente, Gerson da Silva, foi evitar focos de dengue, tendo em vista a previsão de chuvas para os próximos dias. O secretário prevê que até o fim de 2009 a empresa AM Usinas possa instalar uma usina de reciclagem de pneus na cidade. “Tudo depende da concessão das licenças ambientais no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para que a empresa comece a construir seu empreendimento”, diz.

Atualmente, os pneus de Londrina são enviados para queima em cimenteiras, para transformação em energia. Essa nova parceria passa a funcionar de forma permanente a partir de 5 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h. O novo local para entrega e armazenamento dos pneus fica na Avenida Leste-Oeste, 1605, na região central de Londrina.

Resolução da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) editada em novembro proíbe transporte, armazenamento, tratamento e disposição final de pneumáticos inservíveis gerados em outros estados ou países. Dados da Associação Nacional das Empresas de Reciclagem de Pneus e Artefatos de Borracha (Arebop) apontam que só o Paraná gera 2 mil toneladas de pneus inservíveis por mês. Quando deixado no meio ambiente, esse material constitui um dos maiores focos de desenvolvimento de larvas do mosquito transmissor da dengue.

Normas

A recomendação da Sema e do Ministério Público do Paraná (MP-PR) é que os municípios não aloquem mais os pneus, já que a atividade deve ser de responsabilidade compartilhada entre fabricantes e revendedores. A proibição do transporte de pneus no Paraná é questionada pelo secretário de Ambiente de Londrina. “Como uma revendedora de Santa Catarina que destina seus pneus em Ribeirão Preto (SP) vai poder transportar sem passar pelo Paraná?”, questiona.