Moradores do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, deram, no último fim de semana, o pontapé inicial para a criação de um museu que conta a história da localidade. Eles elegeram o conselho gestor, que ficará responsável em tornar o sonho em ver as peculiaridades da cercania reunidas em um só espaço em realidade.
A iniciativa veio por meio do programa Pontos de Memória, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia pertencente ao Ministério da Cultura (MinC), que leva este projeto para mais 11 cidades, além de Curitiba.
De acordo com o administrador e morador do bairro há 30 anos, José Alves Afonso Filho, o desejo de se criar o museu veio no ano passado, quando começaram as primeiras conversas com representantes do Ibram.
“Nós soubemos de uma iniciativa semelhante em duas favelas no Rio de Janeiro. Achamos interessante e entramos em contato com o Ibram para participar do programa em abril de 2009”, conta.
Afonso Filho revela que os moradores do Sítio Cercado estão empolgados com a ideia de contar com um museu. Contudo, por ainda não possuírem uma sede própria, as fotos, documentos, entre outros materiais, continuam com os seus proprietários.
“Estamos ainda com esse problema de falta de estrutura. Por enquanto, apenas tiramos foto e disponibilizamos o material no nosso site (www.mupesitiocercado.wordpress.com)”, avalia.
A chefe do núcleo de Museologia Social do Ibram, Cláudia Rose Ribeiro da Silva, fala um pouco mais sobre o trabalho do instituto. “Nós visitamos as comunidades e conhecemos suas iniciativas para preservação da identidade local. A partir daí, indicamos a criação de um conselho e fazemos o acompanhamento dos trabalhos”, encerra.