MST ordena início do plantio nas ocupações

Depois da ocupação, a plantação. Essa é a ordem das ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. Após ocupar áreas em várias partes do Estado no último final de semana, num movimento similar ao que aconteceu com o MST em todo Brasil, os sem terra agora pretendem plantar nas áreas ocupadas. A informação é da coordenação do movimento em Curitiba, que informou que já chega a 3,5 mil famílias a quantidade de sem terra em quatro áreas ocupadas no último final de semana.

A coordenação do MST informou que a prioridade do movimento é a pressão para que a reforma agrária aconteça o quanto antes. Por sua vez, com a chegada do período de plantio, se fizeram necessárias as ocupações o quanto antes possível. O MST informou que essas famílias estavam todas em acampamentos à beira da estrada e precisavam plantar para poder se alimentar, daí a urgência nas ocupações.

Ontem, mais 100 famílias se juntaram às 400 outras que já estavam desde sábado na Fazenda Santa Filomena, em Guairaçá. Além dessa fazenda, mais mil famílias de sem terra estão na Fazenda Campo Real, em Candói, e outras 800 famílias na Fazenda Boico, em Ramilândia.

O número de acampados no complexo Cajati, em Cascavel, também cresceu no final de semana. Cerca de 1,2 mil famílias estão no local, tentando pressionar para que a Fazenda São Domingos, de 6 mil hectares, também seja desapropriada.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que a Polícia Militar continua monitorando as áreas invadidas para evitar conflitos.

A Sesp ainda não recebeu oficialmente nenhum mandado de reintegração de posse, embora extra-oficialmente o proprietário da Fazenda Campo Real já tenha comunicado que conseguiu decisão judicial favorável. A Sesp só pode agir quando é comunicada pela vara que expediu o mandado.

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