Contorno Sul

Motorista entra na contramão, bate em 6 carros e morre

O motorista de um Santana em alta velocidade, identificado como e com o pisca-alerta ligado invadiu a contramão da BR-376 (Contorno Sul) debaixo de chuva e bateu em cinco carros na Vila Barigui, Cidade Industrial de Curitiba. O acidente aconteceu pouco antes das 21h de domingo na pista sentido Campo Comprido. O motorista causador do acidente, identificado como José Maurício Reinaldo, 57 anos, morreu no local preso nas ferragens. Helena Nunes Cipriano, de 30 anos, e João Paulo Cipriano, de 40, que ocupavam o Prisma, morreram no Hospital do Trabalhador durante a madrugada. Três homens ficaram feridos e foram levados a hospitais. O acidente interrompeu o tráfego até que as vítimas fossem atendidas e os carros retirados da rodovia. Sete ambulâncias do Siate e Samu e dois caminhões do Corpo de Bombeiros foram destacados para atender à ocorrência, de acordo com a tenente Angeli Messias.

Ninguém sabe ao certo por que o motorista do Santana invadiu a pista contrária, causando pânico aos motoristas que trafegavam pela rodovia. Populares comentaram que ele havia saído de um churrasco no Caiuá depois de ter recebido o telefonema da esposa, pedindo que voltasse para casa. Uma jovem, que acompanhava o acidente soube no local do acidente que ele saiu desesperado porque a filha havia nascido, porém nenhum parente ou conhecido do homem foi encontrado no local do acidente para confirmar o fato.

O enfermeiro Fernando Lacerda, 34 anos, conduzia o Palio com destino ao bairro Santo Inácio para atender em domicílio quando se assustou com o Santana placas AGN-0723 de Curitiba vindo em sua direção. Segundo ele, o carro colidiu primeiro contra um Prisma. Um Gol escuro que vinha logo atrás bateu na traseira do Prisma. “Eu liguei o alerta a 30 metros e fiquei sinalizando os outros motoristas, quando um Vectra veio embalado, bateu na minha traseira, se perdeu e colidiu com os outros três carros. Não me machuquei porque estava fora do carro. Caso contrário, certamente seria atingido pelos estilhaços do pára-brisas.”, disse. “Foi uma total imprudência do motorista do Santana, que teve coragem de faze isso ainda mais na chuva”, completou o enfermeiro.

Fernando conta que o Vectra complicou o condutor do Gol. “Ele estava bem, mas com essa nova colisão, o carro dele foi empurrado contra o Prisma”, disse. Segundo ele, no Vectra estavam pai, mãe e filho. “A criança chorava muito, mas não ficou ferida, mas foi junto na ambulância”.
A cena vista por dezenas de populares que se amontoavam na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, marginal à rodovia, era de um verdadeiro “sanduíche” entre quatro veículos no meio da rodovia e um monte de ferro retorcido.

Outro veículo que se envolveu foi o conduzido pelo motorista Davi Ricardo, cujo também foi atingido depois que resolveu parar para auxiliar os motoristas. “Fui sinalizar para não ter mais vítimas e alguém bateu na minha traseira. Acabou sobrando pra mim e fui parar no canteiro central”, disse.
Minutos antes do acidente, o motorista de outro Prisma, Adriano da Silva de Lima, passou pelo carro na contramão, prevendo a tragédia. “Ele estava na contramão com o alerta ligado e a luz alta, ultrapassando os carros. Eu consegui escapar e voltei para ver o que tinha acontecido. Ele não estava sendo perseguido. Um colega dele passou por aqui e disse que ele estava na casa dele bebendo, quando a esposa ligou pedindo para ele ir embora”, contou.

Para David William, uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente, o motorista do Santana dirigiu na contramão por quase três quilômetros, distância aproximada até o Caiuá. “Quando é que uma pessoa em são consciência vai entrar na contramão e andar do mais de dois quilômetros assim?”, questiona.

Veja aqui a galeria de fotos do acidente.