Josete questiona contrato do lixo

A vereadora professora Josete (PT) encaminhou, no início do mês, à Prefeitura de Curitiba, um pedido de esclarecimentos sobre os contratos emergenciais da coleta de lixo que vêm sendo firmados entre o município e a empresa Cavo. Conforme Josete, entre outubro de 2003 e janeiro deste ano, os valores pagos à Cavo aumentaram 21,1%. "Em princípio não tem motivo real para subir tanto, já que os serviços prestados continuam os mesmos", afirmou.

Segundo a vereadora, um aditivo contratual firmado entre a Prefeitura e a Cavo no segundo semestre de 2003, publicado no Diário Oficial do município, estabelecia um pagamento trimestral à empresa no valor de R$ 14 milhões. O aditivo vigorou até outubro de 2003. Em janeiro de 2005, já sob a gestão do prefeito Beto Richa (PSDB), a Prefeitura firmou um novo contrato – em caráter emergencial – com a empresa Cavo. O valor pago pelo mesmo período de três meses de serviço passou para R$ 16,95 milhões. Ou seja, quase R$ 3 milhões a mais do que o valor pago há pouco mais de um ano. "A inflação calculada no período é de 6,13%", disse.

Josete contou que na gestão passada, o então vereador Adenival Gomes (PT) solicitou informações sobre o contrato com a Cavo e não teve resposta. "O município tem quinze dias para responder. Na gestão passada eles prorrogaram o prazo catorze vezes e não responderam nada." Ela também lembrou que, caso se comprove alguma irregularidade, pode-se levar o imbróglio ao Ministério Público ou instalar uma CPI.

Sem problemas

Conforme o superintendente de controle ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pedro Clailton Pelanda, não haverá problemas para vereadora receber os documentos. "Tudo que a Prefeitura faz é transparente. É a filosofia do Beto. Acho que a vereadora, como representante do povo, tem direito a saber o que quer", disse.

Todavia, Pelanda não concorda com alguns questionamento de Josete. Ele lembrou que no início do ano aconteceu a prorrogação de um contrato com valores estimados em R$ 16,5 milhões, e não a assinatura de um novo contrato. A licitação para contratação definitiva da Cavo está sub judice. "Quem assinou o contrato foi a gestão passada. Para saber o motivo de subir de R$ 14 milhões para R$ 16,5 milhões, precisamos fazer uma análise na planilha", apontou.

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