A cidade de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, está em alerta contra a hepatite A. Pelo menos 22 casos da doença já foram confirmados este ano em um único bairro do município, o Nossa Senhora das Graças.
Segundo o secretário de Saúde de Jacarezinho, Francisco Silva, o bairro possui péssimas condições sanitárias, o que contribuiu para a disseminação rápida da enfermidade.
O primeiro caso surgiu no início de março, em uma creche do bairro, que inclusive já teve as aulas suspensas. Segundo o secretário, além de muitas habitações da região não terem rede de esgoto, ainda há o fato de que as casas são pequenas, com muitos moradores. “Há moradias com muita gente dormindo no mesmo ambiente, sem falar na falta de higiene, fatores que contribuem muito para a hepatite A”, comentou.
Para tentar diminuir as transmissões, a Vigilância Sanitária realizou o que chama de “bloqueio” da região, ou seja, está acompanhando os estágios da doença em todos os moradores, periodicamente, e ainda tem disponibilizado exames para os comunicantes, aqueles que possivelmente tenham tido contato com os enfermos.
A vigilância também tem realizado palestras para a comunidade sobre a doença. Segundo o secretário, no caso da hepatite A a prevenção é fundamental. “Não tem outro jeito. Temos que informar a população sobre a doença. Como somos vizinhos de regiões que já possuem a febre amarela, estamos alerta”, afirmou.
A hepatite A é transmitida por um vírus pela maneira fecal-oral, ou mesmo de uma pessoa para outra (em piscinas contaminadas, por exemplo). Os principais sintomas no estágio inicial são dor abdominal e aparência amarelada da pele, principalmente dos olhos.
Dia
Para celebrar o Dia Nacional de Luta pela Saúde, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde) realizou vários atos no Paraná. Em Curitiba, representantes do sindicato passaram a tarde na Assembleia Legislativa lembrando os deputados de suas reivindicações.
Entre elas está o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) – que segundo o sindicato, a promessa do governo é que ele fique pronto até maio – além de melhorias nos hospitais.
Segundo o sindicato, as instituições com problemas mais urgentes são o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, e os hospitais das zonas norte e sul de Londrina.