Ih, sujou!

Garis rejeitam proposta e Curitiba pode ficar sem coleta

Funcionários da Cavo Serviços e Meio Ambiente definiram nesta quarta-feira (11) que os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba entrarão em greve a partir da próxima terça-feira (17).

A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco).

A Cavo havia oferecido um reajuste salarial de 4% e benefícios. Entretanto, coletores de lixo, varredores, roçadores e serventes não aceitaram a proposta.

“A proposta não repõe nem a inflação do período de 7,68%”, disse Manassés Oliveira, presidente do Siemaco. Os trabalhadores pedem 20% no reajuste salarial e 30% nos tíquetes.

Os benefícios salariais não são os únicos problemas dos trabalhadores. Eles também reivindicam uma melhora nas condições de trabalho da empresa. Segundo o sindicato, não tem sido respeitado o número mínimo de três coletores por caminhão de lixo, não tem sido fornecidos os uniformes de verão e sobrecarga de trabalho por funcionário.

Até o momento, não há entendimento entre as empresas e os trabalhadores e a data-base da categoria foi o dia 1º de março. A Cavo, responsável pelo pagamento aos garis, alega que a Prefeitura não tem repassado os recursos para o aumento no salário dos trabalhadores. A assessoria da Prefeitura de Curitiba ressaltou que acompanha as negociações e não falou sobre os recursos.

Espera por negociação

Nas ruas, o sentimento entre os profissionais da limpeza pública é de incerteza. Para a maioria, a proposta de aumento salarial de 4% é vergonhosa e os obriga a fazer greve.

“Esta proposta é vergonhosa. Acredito que fizeram isso já com objetivo de nos obrigar a cruzar os braços e usar a greve para pressionar a prefeitura. Geralmente oferecem aumento perto da inflação. Propor a metade é desaforo”, disse um varredor de rua que trabalha na região central de Curitiba e pediu para não ter o nome divulgado.

“As contas e impostos só aumentam e nosso salário fica desvalorizado. Vamos aguardar até a semana que vem para ver se apresentam outra proposta. Acredito que vão subir este valor. Esperamos que isso aconteça, nem que seja necessário fazer greve por alguns dias”, disse outro gari, que trabalha na Rua XV de Novembro. (Jadson André)

Voltar ao topo