Sinapse

Funcionários do IFPR demitidos como consequência da operação da PF

Funcionários terceirizados do setor de Educação a Distância (EAD) do Instituto Federal do Paraná (IFPR) foram demitidos como consequência da operação Sinapse, da Polícia Federal, que investiga desvio de R$ 6,6 milhões da instituição. O anúncio da demissão de pelo menos 177 profissionais, entre eles técnicos e professores, foi ontem, quando as aulas e produção de videoaulas foram suspensas e devem recomeçar em 6 de setembro.

Os profissionais desligados foram contratados por uma das organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip) que prestava serviço ao IFPR, a Ibepoteq. No início do mês, determinação judicial suspendeu a parceria entre o IFPR e as Oscips. Os terceirizados temem não conseguir receber o valor da rescisão porque o dinheiro está bloqueado pela Justiça.

Uma funcionária do setor de administração, que não quis se identificar, reclamou da falta de orientação do Ibepoteq. “Disseram que iam acertar nossa rescisão hoje, mas nada foi feito”. Segundo ela, entre os demitidos estão funcionários antigos, grávidas e mulheres em licença-maternidade.

Rescisão

A advogada do Ibepoteq, Luciane Ebano Romero, explicou que os funcionários deveriam se dirigir ao IFPR, na Vila Oficinas, para entregar as carteiras de trabalho conforme combinado. “Estamos chamando o pessoal para rescindir o contrato e dar baixa nas carteiras. Esse prazo é de 48 horas”, disse. Segundo Luciana, a soma das rescisões chega a R$ 1,2 milhão.

O advogado Thiago Oliveira Agustinho, do Sidaspp, sindicato que representa os trabalhadores, entrou com medida cautelar na tentativa de liberar o dinheiro para pagar as causas trabalhistas. “Depende do juiz o prazo para recebimento dos valores”.

Emergêncial

Em nota, o IFPR lamenta a suspensão temporária das aulas e salienta que “este período é essencial para tomada de medidas necessárias para a resolução das questões pendentes relacionadas à diretoria de Educação a Distância”. Como saída emergencial, prevê contratações diretas e, futuramente, por licitação.

Três professores presos

Durante a operação da PF, 18 mandados de prisão foram cumpridos. Três dos presos são professores da instituição de ensino. O então reitor Irineu Colombo, afastado temporariamente a pedido da Justiça Federal, afirmou que teria identificado irregularidades logo que assumiu a reitoria, em junho de 2011. A partir disso, teria solicitado investigação e iniciado auditoria interna.

Voltar ao topo