Festival Aéreo garante imagens espetaculares

O tempo colaborou e o primeiro dia do 2.º Festival Aéreo do Aeroclube do Paraná, comemorativo ao centenário do vôo de Alberto Santos Dumont, superou as expectativas. Tanto em solo quanto no ar, o céu quase sem nuvens garantiu vistas espetaculares. No chão, os apaixonados por aviação puderam ver expostas as mais diferentes aeronaves. Olhando para cima, a cada meia hora, era possível presenciar apresentações de talento e coragem dos pilotos, que pareciam brincar no ar. Do céu, as imagens dos visitantes do Aeroclube e panorâmica da cidade eram as mais belas.

Acrobacias aéreas, pára-quedismo, vôos de ultraleve e panorâmicos de aeronaves pequenas. Tudo isso, além da exposição de vários modelos de aviões e helicópteros, atraíram muitos visitantes, ontem, ao aeroclube. Segundo o presidente, Mário Tetto Sobrinho, era esperado um público de quase dez mil pessoas no aeroporto do Bacacheri. Além do público local, muitos pilotos de outros estados participavam. ?Temos pilotos e aeronaves do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro. Tem os alunos do aeroclube (que são 118 em nível teórico e 72 já em vôo) e também estão aqui hoje pilotos com mais de 80 anos, que ainda voam. É motivo de orgulho para o Aeroclube do Paraná, é uma divulgação para o Brasil?, diz Tetto.

Um dos pilotos que participam do 2.º festival é Juliano Wolski Heckler, de 27 anos, que há dez pilota. O avião dele é um Cristen Eagle, próprio para acrobacias como os parafusos, loopings e tunôs (também uma espécie de giro). Neto de aviador, desde pequeno este era seu sonho. ?Esse tipo de evento é muito importante para divulgar a aviação, despertando também outras vocações de futuros pilotos?, diz Juliano.

Na platéia estava um forte candidato a ingressar no meio aeronáutico. No colo do pai, com dois aviões de brinquedo nas mãos, André Luiz, de dois anos, não continha a emoção. ?Quando crescer eu vou ser piloto?, disse o garoto. O pai, que não é piloto, nem nunca pensou em ser, conta que André sempre pedia aviões ao invés dos carrinhos. ?Não só trago ele em todos os eventos como estes, como tenho que levá-lo, todo final de semana, para ver aviões: se não aqui no aeroclube, no Aeroporto Afonso Pena?, conta o pai, Luiz Eduardo Prati, 34 anos.

Vôo

A equipe de O Estado não perdeu a oportunidade de, a bordo de um Piper Cherokee 180, especial para instrução de vôo comercial e privado, sobrevoar Curitiba. No ar, o piloto Ricardo Kehrwald Júnior, de 25 anos, explicou passo a passo os procedimentos do vôo. Para ele, esse tipo de evento ?põe em contato todo o público que não tem essa ligação direta com o meio aeronáutico. É também um incentivo para a nova geração?. Em uma aeronave mais moderna, o vôo tranqüilo fez imaginar a dificuldade que teve o primeiro aviador brasileiro, com as limitadas tecnologias da época.

O evento continua hoje, a partir das 10h, com apresentações de aviões AMX, Tucano e a conhecida Esquadrilha da Fumaça. 

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