Estado envia servidores para cobrir agentes grevistas

No primeiro dia de greve dos agentes penitenciários terceirizados, o sindicato e o governo do Estado apresentaram números diferentes. Segundo o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Administração de Casas de Custódia e Penitenciárias do Estado do Paraná (Sitepec), Denilson Bendo, a adesão à greve chega a 95% nas unidades – de um total de 1,2 mil agentes de disciplina. Já o governo fala que houve adesão em apenas duas das seis unidades.

O Departamento Penitenciário do Estado (Depen) informou ontem que na Penitenciária Industrial de Cascavel houve adesão de 50% dos 131 funcionários, e na Penitenciária de Piraquara, apenas 18% dos 313 agentes cruzaram os braços. Segundo o secretário da Justiça, Aldo Parzianello, a baixa adesão ao movimento permite que as visitas e a movimentação dos presos ocorram normalmente: “Não houve a suspensão dos trabalhos nos canteiros de obras e as visitas estão mantidas”, declarou. Em Cascavel, agentes penitenciários do Estado substituíram aqueles que aderiram à paralisação e, na PEP, ocorreu apenas remanejamento de alguns postos de trabalho, informou o diretor da unidade, Flávio Buchmann.

Parzianello ressaltou que continua em contato com as empresas de administração prisional, e exige um acordo que normalize a situação nas unidades em que houve paralisação parcial: “O pessoal do quadro do Estado que deslocamos para estas unidades é suficiente para manter o funcionamento normal, mas queremos que esta situação atípica termine o mais breve possível”, disse.

Os grevistas são responsáveis pela segurança de 2.500 presos. Além do reajuste salarial, reivindicam aumento no vale-alimentação e periculosidade. O sindicalista destacou que, com o movimento, a categoria pretende conquistar um reajuste salarial de 10% sobre o vencimento, que gira em torno de R$ 605. Além disso, um aumento do vale-alimentação, de R$ 35 para R$ 150, e o pagamento de uma gratificação de 20% sobre o salário base dos funcionários, por risco de morte. “A greve vai continuar por tempo indeterminado, até que as empresas atendam nossas reivindicações”, prometeu.

Os agentes de disciplina são contratados pelas empresas Inap – responsável pelas casas de Custódia de Curitiba, Casa de Custódia de Londrina, Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu e Penitenciária Industrial de Cascavel -, Montesinos – que responde pela Penitenciária Estadual de Piraquara – e Humanitas – que administra a Penitenciária Industrial de Guarapuava.

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