Curso à distância permite diploma sem sair de casa

Fazer um curso tecnológico, que fornece um diploma de ensino superior, e estudar conforme o tempo disponível foram os motivos que levaram o bancário Carlos Alberto de Miranda a optar pelo ensino a distância. Ele fez um curso tecnológico em Gestão Financeira, com duração de dois anos. Miranda aguarda os resultados das provas para receber o certificado de conclusão do curso no final do ano. “Foi uma opção dentro do que eu almejava, especialmente por ser um curso de dois anos. Cabia dentro da minha rotina e conforme meu trabalho”, afirma. Para ele, o curso superior significa também uma ascensão na carreira. “Se for aprovado, estou com a intenção de fazer já uma pós-graduação, também a distância”, comenta Miranda, que fez o curso no Centro Universitário Uninter.

Dados do Censo do Ensino Superior 2010 do Ministério da Educação indicam um aumento pela procura de cursos de graduação por ensino a distância nos últimos anos. Entre 2009 e 2010 houve um aumento de 10,9% dentro desta modalidade. “O crescimento vem acontecendo e realmente é uma tendência. O número de alunos vem crescendo ano a ano, tanto na graduação quanto na pós-graduação”, explica Karin Schneider, coordenadora de ensino a distância do Centro Universitário Uninter.

De acordo com ela, alguns mitos sobre o ensino a distância já estão caindo. Entre eles o de que o curso seria mais fácil do que os presenciais, tanto na graduação quanto na pós-graduação. “Isto não existe. O curso tem a flexibilização dos horários de estudos, mas não significa que o aluno tenha que estudar menos. A diferença é que o aluno não precisa estar presente na instituição de ensino. Pode estudar nas horas de folga ou nos finais de semana”, comenta Karin.

Apesar desta flexibilização, o estudante que se propõe a fazer um curso a distância precisa de disciplina de estudo. Muitas vezes, a atividade rende mais fora da sala de aula, sem as distrações com colegas ou com os períodos em que as discussões fogem do foco. “A pessoa pode não ter tempo para um comparecimento diário, mas precisa desta disciplina para estudar. Se não, não consegue se adaptar ao ensino a distância”, alerta Karin.

O perfil de quem procura os cursos a distância é bem característico. No caso da Uninter, 70% dos estudantes são mulheres, que possuem mais dificuldade com as aulas presenciais diante dos compromissos do trabalho, de casa e da família. Os cursos tecnológicos a distância também recebem muitos profissionais que já estão no mercado de trabalho, mas que não tinham a condição de fazer um curso superior. “A média de idade do estudante também está caindo. Antes era de 35 anos e agora já estamos com 32 anos”, ressalta Karin.

Registro e apoio

As instituições de ensino que oferecem cursos a distância devem estar registradas no Ministério da Educação (MEC) para esta modalidade. Além disto, os alunos devem prestar atenção nas ferramentas de apoio, como canais diretos por telefone e também a disponibilidade de polos presenciais para tirar as dúvidas. Alguns cursos ofertam até a possibilidade de participações em chats com tutores. As aulas são disponibilizadas pela internet, por meio de sistemas com acesso por login.

As instituições criam um ambiente virtual de ensino para dar as condições necessárias para a educação a distância. “No caso da Uninter, os alunos também recebem livros, alguns deles físicos e outros digitais. E oferecemos um telefone 0800 e polos de apoio presencial, com um tutor e onde o estudante também pode assistir às aulas ao vivo por teleconferência”, indica Karin Schneider, coordenadora de ensino a distância do Centro Universitário Uninter.

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) oferece os cursos à distância pelo e-Learning, no qual a interação acontece em um ambiente virtual de aprendizagem. E também no modelo presença virtual, com a apresentação dos conteúdos por teleaulas.

Existem opções para cursos livres e de extensão a distância, que não necessitam de vestibular ou algum critério mais rígido para participação. No caso dos cursos de graduação – licenciatura, bacharelado ou tecnológico -, os candidatos devem fazer o vestibular.

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