Corpo de padre chega hoje a Paranaguá

O corpo do padre Adelir de Carli deve chegar hoje à tarde em Paranaguá, no litoral do Paraná. O velório será realizado na Pastoral Rodoviária, onde o religioso atuava, durante toda a noite.

Amanhã pela manhã, o corpo seguirá para Ampére, no sudoeste do Paraná – cidade natal de Adelir -, onde será sepultado. Também pela manhã deverá ser realizada uma missa.

Ontem, o bispo diocesano de Paranaguá, dom João Alves dos Santos, e um dos irmãos de Adelir, Moacir de Carli, estiveram no Rio de Janeiro para realizar a liberação do corpo junto ao Instituto Médico-Legal (IML) de Macaé.

Na última terça-feira, a Polícia Civil da cidade de Macaé confirmou que o corpo encontrado no mar de Maricá (também no Rio) no dia 3 de julho era mesmo de Adelir. A confirmação foi feita por meio de um exame de DNA.

De acordo com o padre Bruno Bach, que substituiu Adelir na Paróquia São Cristóvão, na noite de ontem seria realizada uma reunião com a comunidade religiosa de Paranaguá para preparar o roteiro de homenagens que serão feitas hoje.

Bach informou também que são esperadas cerca de cinco mil pessoas no velório. “É um momento de grande expectativa na paróquia”, disse. O coordenador da Pastoral, Ernesto Klein, informou que o preparo do corpo já foi providenciado por uma funerária do Rio de Janeiro e seguirá para Paranaguá por via terrestre.

O padre Bach comentou ainda que Adelir buscava um sonho, um ideal, que era tornar a paróquia mais conhecida em todo o País. “Ele acreditava nisso. Até acabou sacrificando a própria vida por causa da paróquia”, afirmou.

O padre Adelir deixou Paranaguá içado por balões no dia 20 de abril deste ano. A intenção do religioso era pousar em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Mas, por conta dos ventos, acabou sendo desviado de seu percurso.

Equipes da 2.ª Companhia de Aviação da Polícia Militar de Santa Catarina fizeram buscas desde o litoral de São Francisco do Sul até Florianópolis, mas não obtiveram êxito.

Já a Marinha e a Aeronáutica prosseguiram as buscas por mais uma semana, mas também nada encontraram. Somente no dia 3 de julho é que um navio rebocador da Petrobras encontrou o corpo no mar de Maricá, provavelmente levado pelas marés.