Construções fazem história da capital

Os curitibanos esbarram todos os dias em espaços que representaram e ainda representam parte da história da cidade e do Paraná. As gerações mais novas ou aqueles que vieram para a cidade recentemente não sabem, por exemplo, que o Edifício Moreira Garcez foi o primeiro arranha-céu de Curitiba.

Uma grande obra para a época, mas que, nos dias de hoje, não se compara com os altos prédios construídos na capital. Porém, isso não é desculpa para deixar de lado uma história tão rica. O mesmo acontece com outras edificações da cidade, tanto as privadas quanto aquelas sob responsabilidade do município ou do Estado.  

Uma das ferramentas existentes para a preservação de prédios e outros tipos de edificações históricas é a denominação de Unidades de Interesse de Preservação (UIPs). Elas são determinadas conforme o valor arquitetônico, histórico e cultural, segundo Luciana Mattozo, arquiteta do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Os proprietários de imóveis cadastrados como UIPs se beneficiam da transferência de potencial construtivo, um mecanismo criado para estimular a preservação do patrimônio edificado da cidade. Isto funciona, por exemplo, no caso de uma construção nova em um terreno ocupado por um imóvel histórico.

Com a transferência do potencial construtivo, a nova obra é levada para outra área da cidade e, em troca, há o compromisso de restauração e conservação do imóvel histórico. A venda do potencial construtivo das UIPs viabiliza recursos para o restauro.

A recuperação de imóveis antigos e de representação histórica não é um trabalho fácil. É preciso manter, o máximo possível, a característica da edificação. Uma pesquisa extensa – baseada em fotografias, documentos e depoimentos – dá as diretrizes para a atividade. Os materiais contemporâneos são utilizados apenas quando não há qualquer registro que indique o cenário original.

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